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Governo Federal quer ampliar rede de escolas públicas militares no AM

Presidente Jair Bolsonaro pretende consolidar parceria com estados e municípios para gestão compartilhada de 216 escolas, até 2023

O Governo Federal lançou nesta quinta-feira (5) o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), em cerimônia no Palácio do Planalto. A iniciativa busca implementar em 216 escolas do ensino fundamental e médio no Brasil, o currículo baseado na dinâmica de ensino militar, até 2023. O Ministério da Educação (MEC), destaca que no Amazonas até duas escolas da zona rural ou urbana, poderão ser contempladas, atendendo cerca de 1 mil estudantes.

Em julho, o MEC já havia anunciado a implementação de 108 escolas nesse modelo. Agora, a meta foi dobrada. “Tem que botar na cabeça dessa garotada a importância dos valores cívicos-militares, como tínhamos há pouco no governo militar, sobre educação moral e cívica, sobre respeito à bandeira”, disse o presidente Jair Bolsonaro durante o lançamento.

Durante o discurso, Bolsonaro disse ainda que o que tira um país da miséria e da pobreza é conhecimento, e que o Brasil tem um potencial enorme para explorar, incluindo as riquezas da Amazônia.

“Tenho oferecido a líderes mundiais, em parceria, explorar a nossa Amazônia, nossa biodiversidade, a descoberta de novos seres vivos para a cura de doenças, darmos um salto naquilo que o mundo está buscando. Temos um potencial enorme para isso, mas precisamos de cérebros, temos que trabalhar esses cérebros”, ressaltou.

Regras para adesão

Os colégios estaduais ou municipais que desejam participar do Pecim, devem possuir de 500 a 1.000 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e/ou do ensino médio. Uma das condições fixadas pelo Ministério da Educação é que estados e municípios apliquem uma consulta pública para esse fim, antes disso, a comunidade escolar deverá aceitar a mudança.

A implantação das escolas cívico-militares vai ocorrer preferencialmente em regiões que apresentam situação de vulnerabilidade social e baixos índices no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Entre as premissas do programa estão a contribuição para a melhoria do ambiente escolar, redução da violência, da evasão e da repetência escolar.

O MEC vai investir R$ 1 milhão por escola, para o pagamento dos militares, melhoria da infraestrutura das unidades e materiais escolares. Os 26 estados e o Distrito Federal têm de 6 a 27 de setembro para indicar duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto já no primeiro semestre letivo de 2020.

Modelo

O Distrito Federal foi a primeira unidade da Federação à aderir o Pecim, e em alguns bairros a comunidade escolar negou fazer parte do projeto. Para o presidente Bolsonaro, a implantação da escola cívico-militar deveria ser imposta. “Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar não, tem que impor”, disse. “Não queremos que essa garotada cresça e vai ser, no futuro, um dependente até morrer de programas sociais do governo”, completou.

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