O jornal O Globo divulgou em seu site nesta segunda-feira (2), matéria que expõe as investigações do Ministério Público sobre o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. A matéria foi publicada após declarações em vídeo de Crivella cortando o apoio e relações entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e a empresa de comunicação O Globo, divulgada pelas redes sociais da própria Prefeitura do Rio de Janeiro no último domingo (1).

 

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No vídeo divulgado no perfil oficial do Twitter da Prefeitura do Rio de Janeiro, Crivella afirma que o jornal O Globo “não faz mais jornalismo, mas é um panfleto político fazendo militância e chantagens com o objetivo de que a Prefeitura ceda às suas ambições e publicidades”. O prefeito também afirmou que “outros jornais terão o prestígio e a resposta, menos o Globo”.  Daniel Pereira, jornalista chefe da Comunicação da Prefeitura do Rio de Janeiro, também se manifestou: “Durante a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, O Globo recebeu 10 vezes mais dinheiro do que todos os outros veículos de comunicação juntos”.

 

 

Print: Manchete da matéria feita por O Globo – Divulgação

Após repercussões, O Globo divulga matéria que expõem as investigações sobre a denúncia da criação de um balcão de negócios na prefeitura do Rio para a liberação de verbas a empresas mediante pagamento de propina do qual Crivella estaria sendo alvo. Segundo a matéria, a apuração está baseada na colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizhay, preso pela operação “Câmbio, Desligo” no ano passado. Homologada pelo Tribunal de Justiça do Rio, a delação aponta o empresário Rafael Alves, irmão do presidente da Riotur, Marcelo Alves, como o operador do suposto esquema no município.

A matéria divulgada por O Globo admite que “a empresa (Riotur) não tenha contratos na gestão Crivella” e que o doleiro “Mizhay não detalha na delação o destino do dinheiro que diz ter repassado para Alves nem se Crivella teria conhecimento do “QG da propina” descrito pelo delator”, elementos que a enfraquecem. Mas que por outro lado, reforçam os questionamentos sobre a matéria ter sido usada como retaliação contra o boicote e corte de apoio desencadeada por Crivella e seus assessores da Prefeitura do Rio de Janeiro contra O Globo.

 

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