O diretório nacional do PSL confirmou na tarde desta 3ª feira (3.dez.2019) a suspensão do deputado Eduardo Bolsonaro (SP), líder do partido na Câmara, por 12 meses. Outros 17 deputados da legenda que compõem a ala bolsonarista na Câmara também foram punidos. Segundo o 2º vice-presidente do diretório, Júnior Bozzella (PSL-SP), foram 14 suspensões e 4 advertências.
Com isso, Eduardo deve ser destituído da liderança da bancada na Câmara dos Deputados. Bozzella afirmou que uma nova lista deve ser feita para eleger 1 deputado para a posição. Ele também diz que o diretório do PSL em São Paulo, presidido atualmente por Eduardo, foi dissolvido.
Bolsonaro deixou o PSL depois de uma rixa com o presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE). Desde então, tem se articulado para fundar uma nova sigla a tempo para a disputa das eleições municipais de 2020, a Aliança pelo Brasil.
Na última 4ª feira (27.nov.2019), a Comissão Executiva do PSL havia sugerido essas punições. As medidas foram aprovadas no início desta tarde, por unanimidade, pelo colegiado do diretório nacional.
Eis a lista de suspensões e advertências confirmadas:
Eduardo Bolsonaro (SP) – suspensão por 12 meses
Alê Silva (MG) – suspensão por 12 meses
Daniel Silveira (RJ) – suspensão por 12 meses
Bibo Nunes (RS) – suspensão por 12 meses
Sanderson (RS) – suspensão por 10 meses
Carlos Jordy (RJ) – suspensão por 7 meses
Major Vitor Hugo (GO) – suspensão por 7 meses
Bia Kicis (DF) – suspensão por 6 meses
Carla Zambelli (SP) – suspensão por 6 meses
Filipe Barros (PR) – suspensão por 6 meses
Márcio Labre (RJ) – suspensão por 6 meses
General Girão (RN) – suspensão por 3 meses
Junio Amaral (MG) – suspensão por 3 meses
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) – suspensão por 3 meses
Hélio Lopes (RJ) – advertência
Coronel Armando (SC) – advertência
Aline Sleutjes (PR) – advertência
Chris Tonietto (RJ) – advertência
REAÇÕES
Em nota, o vice-líder do governo, Carlos Jordy (suspenso por 7 meses), classificou as punições como “atos arbitrários” e prometeu recorrer da decisão.
“A suspensão é um ato arbitrário de uma ala do partido que age como uma quinta-coluna numa guerra. Atacam o Presidente e os deputados aliados a ele. Querem nos suspender para que não possamos assinar mais listas e assim tomar a liderança do Eduardo Bolsonaro, além de nos retirar das comissões, enfraquecendo o Governo. Isso é uma perseguição contra pessoas que são leais ao Presidente e aos seus eleitores. Vamos recorrer para impedir essa arbitrariedade e autoritarismo”, diz o texto.