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Prestes a completar um ano, como você avalia o governo Bolsonaro?

O presidente Jair Bolsonaro tomou em 1º de janeiro como o 38º chefe de estado desde a Proclamação da República. Na cerimônia em Brasília, ele discursou no Congresso e recebeu a faixa do ex-presidente Michel Temer no parlatório do Palácio do Planalto. Cerca de 115 mil pessoas acompanharam o evento na Esplanada dos Ministérios.

A presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro foi um dos destaque do dia. Ela fez um discurso em Libras e agradeceu a ‘solidariedade’ dos brasileiros, mencionando o período em que Bolsonaro ficou internado

O presidente deu posse a 22 ministros em seu primeiro dia de governo, entre eles o ex-juiz Sergio Moro, que assumiu o posto de ministro da Justiça e Segurança Pública, o economista Paulo Guedes e o astronauta Marcos Pontes, que chefia o Ministério da Ciência e Tecnologia. Da turma inicial, já saíram de seus cargos Ricardo Vélez, da Educação, Carlos Alberto Santos Cruz, da Secretaria de Governo, e Gustavo Bebianno, da Secretaria-geral da Presidência

Bolsonaro assina decreto ampliando a possibilidade de posse de armas, em 15 de janeiro. A flexibilização foi uma de suas promessas de campanha. As regras sofreram modificações posteriormente em novos decretos publicados ao longo do ano. As assinaturas do presidente tiveram como destaque no início do mandato, tanto por parte de Bolsonaro como de alguns de seus apoiadores, o uso de uma caneta simples, da marca brasileira Compactor

No final de janeiro, o presidente fez sua primeira viagem internacional e participou do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Na ocasião, ele afirmou em seu discurso que tinha o compromisso de abrir a economia brasileira, a qual ainda considerava relativamente fechada ao comércio internacional. Ressaltou a necessidade de diminuir a carga tributária e de simplificar as normas, facilitando a vida de quem produz e cria empregos

Bolsonaro foi ao Congresso em fevereiro para entregar o projeto da Reforma da Previdência, a iniciativa de maior vulto a tramitar na Câmara e no Senado em 2019. O texto sofreu diversas alterações ao longo do ano até ser aprovado. A promulgação ocorreu em novembro. Governo prevê economizar R$ 855 bilhões ao longo de dez anos com as mudanças nas aposentadorias

Bolsonaro visitou a Casa Branca, em Washington, em março, e se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump. Na ocasião, o presidente afirmou que após muitos anos o Brasil não tinha um presidente antiamericano e ouviu de Trump que estava fazendo um “excelente trabalho”. O americano declarou apoio à entrada do país na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), posição que ainda não foi endossada oficialmente pelo país junto ao órgão

Bolsonaro com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Área foi tema de polêmica no começo do ano em razão do corte e contingenciamento de recursos, que ganhou destaque após o ministro afirmar que as universidades que seriam afetadas praticavam “balbúrdia”. O presidente e o ministro chegaram a explicar o contingenciamento, comum também em outros anos, por meio de lives no Facebook, canal bastante usado por Bolsonaro ao longo do ano.

Bolsonaro visitou Israel, onde agradeceu o apoio prestado pelas tropas israelenses nos trabalhos em Brumadinho (MG). O presidente visitou o Muro das Lamentações ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e pediu que “Deus olhe pelo Brasil”. Na oportunidade, o presidente também anunciou o plano de mudar a embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém, o que desagradou a comunidade árabe, já que a Palestina também considera a cidade sagrada e a tem como uma capital. Recentemente, o governo decidiu abrir no local apenas um escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimetos)

Bolsonaro assinou em abril o decreto que extinguiu o horário de verão, que era tradicionalmente realizado entre outubro e fevereiro, alegando que a economia de energia virou irrisória ao longo dos anos em razão de mudanças de hábitos da população.

Em junho, Bolsonaro também participou de reunião do G20 no Japão. Durante a viagem, foram concluídas as negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, iniciadas em 1999, e o anúncio foi comemorado pelo presidente pelas redes sociais

Bolsonaro em inauguração de aeroporto em Vitória da Conquista (BA), em julho. Dias antes, o presidente se envolveu em uma polêmica ao falar que “daqueles governadores de Paraíba, o pior é o do Maranhão”. Na Bahia, o presidente afirmou “somos todos paraíbas” e disse também que há uma tentativa de criar divisões entre seu governo e a população. “Estou no Brasil. Não há divisão entre nós”

O presidente francês Emmanuel Macron protagonizou uma das principais polêmicas com Bolsonaro. Em agosto, dois meses após o encontro deles no G20, ambos travaram uma discussão mundial sobre o avanço das queimadas na Amazônia. Macron comentou o tema nas redes sociais e falou em “crise internacional, chamando a Amazônia de “nossa casa”. Bolsonaro rebateu, falou em mentalidade colonalista e acabou também endossando uma piada feita por um internauta comparando a mulher do francês, Briggite Macron, com Michelle Bolsonaro, o que provocou novas críticas de Macron

O presidente lançou no segundo semestre a campanha “Semana do Brasil”, uma espécie de Black Friday brasileira realizada entre os dias 6 e 15 de setembro para aquecer o varejo no mês.

O primeiro desfile cívico-militar de Sete de Setembro, feriado da Independência, teve parte do trajeto em um Rolls-Royce. Mais de 4 mil pessoas acompanharam a parada

Bolsonaro foi submetido a uma nova cirurgia em setembro para retirar uma hérnia surgida no abdômen. A hérnia já era esperada pelos médicos e foi consequência das três operações anteriores a que Bolsonaro foi submetido por conta da facada sofrida em 2018

O discurso de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU foi um cartão de visitas dele para a comunidade internacional e uma oportunidade para levar para fora as ideias que defende no Brasil, segundo especialistas ouvidos pelo R7. Eles avaliam que a fala de Bolsonaro teve como um dos pilares a defesa da soberania brasileira e da Amazônia. E teve também um componente ideológico, passando por temas como religiosidade, família, período militar e críticas à esquerda, ao socialismo e à imprensa

Sanção da “Lei da Liberdade Econômica”, com o objetivo de desburocratizar a atividade econômica. A expectativa é gerar, no prazo de dez anos, 3,7 milhões de empregos. A lei extingue, por exemplo, a exigência de alvará para atividades de baixo risco e determina que as carteiras de trabalho serão emitidas, preferencialmente, em meio eletrônico. A medida trouxe ainda algumas mudanças trabalhistas, como a permissão do registro apenas do ponto por exceção à jornada regular de trabalho

Bolsonaro nomeou Agusuto Aras para o cargo de procurador-geral da República, que comanda o MPF (Ministério Público Federal). O presidente falou em “amor à primeira vista em relação a Aras, que é doutor em direito constitucional pela PUC. Parte do MPF criticou o fato de Bolsonaro não ter escolhido nenhum dos três nomes indicados pelo órgão em uma lista tríplice

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foi um dos líderes de estado com quem Bolsonaro se reuniu durante giro de 13 dias pela Ásia em outubro. Na oportunidade, os árabes anunciaram investimento de até US$ 10 bilhões em projetos no Brasil. O presidente foi também a China, Japão e Emirados Árabes. Para especialistas, além de estreitar laços com parceiros estratégicos, a viagem foi uma oportunidade para desfazer a desconfiança gerada por Bolsonaro no mundo árabe após defender a mudança da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém.

O presidente anunciou em novembro sua saída do PSL e a criação de um novo partido, a Aliança pelo Brasil. A saída ocorreu após uma crise interna que envolveu a liderança do partido na Câmara. Pelo Facebook, o presidente agradeceu o PSL

Inauguração da última turbina da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu no Pará, que passa a operar dentro da maior capacidade instalada de todas as usinas hidrelétricas nacionais

Em novembro, Bolsonaro voltou ao Congresso para entregar três projetos que tramitarão no Senado. A PEC Mais Brasil, também chamada de pacto federativo, deverá mudar algumas despesas carimbadas no orçamento, unindo o gasto com saúde e educação, por exemplo. O projeto tem medida polêmica que pretende acabar com cidades com menos de 5 mil habitantes. A PEC da “emergência fiscal” vai instituir gatilhos para conter gastos públicos em caso de crise financeira. E a PEC dos fundos, que vai rever 281 fundos públicos

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