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Guedes pede desculpa por associar servidores públicos a “parasitas”

Associações repudiaram discurso

O ministro Paulo Guedes (Economia) pediu desculpas depois de reação negativa à comparação de servidores públicos a “parasitas” para reclamar do reajuste automático ao funcionalismo público. “Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos mas a todos.”

A informação foi publicada na manhã de segunda-feira (10) pelo site BR Político, do jornal Estado de S.Paulo e confirmada pelo Portal Politizei.

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Nas mensagens, Guedes diz que não quis ofender ninguém. “Eu não falava de pessoas e sim do risco de termos 1 Estado parasitário, aparelhado politicamente, financeiramente inviável.”

“O erro é sistêmico e não é culpa das pessoas que cumprem os seus deveres profissionais como é o caso da enorme maioria dos servidores públicos.”

A declaração do ministro com o termo “parasitas” foi feita na 6ª feira (7), durante seminário sobre o pacto federativo na Escola Brasileira de Economia e Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), no Rio de Janeiro. Guedes comparou o Estado brasileiro a 1 “hospedeiro”.

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“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo, e o cara virou 1 parasita. O dinheiro não chega ao povo, e ele quer aumento automático. Não dá mais”, declarou na ocasião.

Associações que representam funcionários públicos reagiram às declarações. Nas redes sociais, vários políticos da oposição e até mesmo da base aliada do governo manifestaram irritação com as falas de Guedes.

Com o pedido de desculpa, o ministro tenta reverter a reação negativa. O governo federal quer enviar uma proposta de forma administrativa nos próximos dias. O projeto não deve atingir os atuais servidores. Mas haverá 1 forte lobby de entidades ligadas aos funcionários públicos contra mudanças.

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Confira a íntegra das mensagens enviadas por Guedes a jornalistas e familiares:

“Tiram do contexto.
Falei de Estados e municípios em caso extremos. Quando toda a receita vai para salários e nada para saúde educação saúde e segurança.
Se o Estado existe para si próprio então é como um parasita (o Estado perdulário) maior que o hospedeiro (a sociedade).
Eu não falava de pessoas, falava dos casos extremos em que municípios e Estados gastam todas as receitas com salários elevados de modo que nada sobrava para educação segurança saúde e saneamento.
Não se pode dar aumento automático de salários nestes casos. O Estado, o governo municipal, o governo estadual NESTE CASO vira um parasita maior que o hospedeiro, ou seja, a comunidade a quem deve servir.
Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido
EU NÃO FALAVA DE PESSOAS E SIM DO RISCO DE TERMOS UM ESTADO PARASITÁRIO, APARELHADO POLITICAMENTE E FINANCEIRAMENTE INVIÁVEL. O ERRO É SISTÊMICO e não é culpa das pessoas que cumprem os seus deveres profissionais como é o caso da enorme maioria dos servidores públicos.”

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