Adriano Santos – Politizei
OPINIÃO – A pandemia causada pelo novo Coronavírus atingiu a todos de surpresa, levou comércios e indústrias a fecharem as portas definitivamente, deixou milhões de trabalhadores desempregados e contribuiu para baixa arrecadação dos Estados e Municípios.
Mas em tempos de crise política, econômica e social, é fundamental administrar com responsabilidade os recursos públicos, investir apenas no que é necessário e poupar o que pode ser direcionado para outros setores escassos.
A queda na receita municipal, levou a prefeitura de Manaus a extinguir três secretarias (SEMPPE, SEMDEC e SEMJEL), além de eliminar mais de 110 cargos comissionados.
Já na Assembleia Legislativa do Amazonas, muitos deputados ignoraram a crise e desperdiçaram o dinheiro público com futilidades.
Começando pelo presidente da Casa, que recentemente contratou um dos mais caros escritórios jurídicos do país por R$ 195 mil, para fortalecer o andamento do processo de Impeachment do Governador, de quem almeja tomar o poder.
É importante ressaltar que a procuradoria da casa já possui estrutura e servidores qualificados para desenvolverem a mesma função da empresa contratada.
Outro caso de desperdício de verba pública que poderia estar sendo melhor aplicada, é com a Cota Parlamentar que é destinada para auxiliar os parlamentares no exercício de suas atividades.
Muitos deputados chegaram a gastar mais durante a pandemia, mesmo estando em home office.
Este é o caso do Deputado Fausto Júnior (PRTB), que apesar da pouca idade e da inexperiência, é um dos parlamentares que mais custa ao contribuinte.
Fausto já usou 99% de toda sua cota parlamentar de Janeiro a Maio deste ano, totalizando a quantia de R$ 163 mil.
Boa parte desses recursos foi usada para o aluguel de carros e aquisição de panfletos com a divulgação da atividade do Deputado.
- Aluguel de veículos = R$ 54.540,00
- Informativos = R$ 75.650,00
- Combustível = R$ 16.988,00
- Material de expediente = R$ 15.883,00
Total: R$ 163 mil
De todos os 24 parlamentares da casa, Fausto foi o que mais fez uso do ‘cotão’ que é de R$ 163.387,95 para cada deputado (com exceção de Ricardo Nicolau que pediu licença), totalizando R$ 3.872.294,41.