Manaus– Na noite desta quinta-feira (1), ocorreu o primeiro debate das eleições municipais 2020, transmitido pela Tv Band, participaram desta primeira rodada oito dos onze candidatos a prefeito de Manaus.
Em inovação com o novo equipamento um ‘botão’, para marcar o início das falas dos candidatos acabou dando um baita trabalho e nó na cabeça dos candidatos e até mesmo do mediador do programa.
O debate que já começou com picuinhas, mostra que os candidatos não fizeram o trabalho de casa e não tem diagnósticos precisos dos principais problemas e nem soluções para resolvê-los. Manaus precisa mais do que palavras bonitas, e o ‘tal’, irei fazer em frente à população.
Durante o debate foi abordado temas que não competem diretamente ao prefeito como: BR-319, segurança pública e eleição presidencial, temas que não direcionam e não influenciam diretamente em gestão de uma cidade. Fica a impressão de que não sabem e não estão preparados para gerenciar um cargo de prefeito.
O Debate
O debate teve duração de mais de 2 horas, e minimizando respostas sérias os prefeituravéis partiram para ataques pessoais e relembraram gestões passadas.
Alfredo Nascimento (PL)– Apoiado pelo atual prefeito Arthur Neto (PSDB), Nascimento, mostrou total descontentamento com o transporte coletivo. Candidato pelo Partido Liberal, fez muitas promessas: de ressuscitar o programa Médicos da Família, consertar o sistema de transporte coletivo e armar a guarda municipal. Alfredo prometeu ser um prefeito melhor do que foi em três oportunidades. Mas, no final foi chamado de “malandro”, por Romero Reis.
Capitão Alberto Neto (Republicanos)– O capitão quem deu início ao debate criticou diversas vezes a ausência do candidato Amazonino Mendes (Podemos), “Precisa ser presente para governar essa cidade num momento tão difícil“, disparou Alberto.
Alberto Neto, mostrou que é bom nas redes sociais, mas fraco em debate de tv. Começou bem, mas travou no final, ficou mais preocupado em associar sua candidatura ao presidente Jair Bolsonaro, e esqueceu de mostrar soluções para os demais temas e não “só”, segurança pública.
Amazonino Mendes (Podemos)– Amazonino ficou em casa, alegando questões de protocolo de saúde pública, para não comparecer. Foi bastante atacado no início, mas logo esquecido pelos demais.
Coronel Menezes (Patriota) – O coronel se mostrou pouco à vontade na presença dos demais candidatos no mesmo cargo que ele. Outro candidato declaradamente de direita, quis trazer Bolsonaro para o debate em uma tentativa de associar sua imagem com a do presidente.
Menezes durante sua fala destacou sua amizade com presidente, mas acabou tendo que se explicar sobre sua saída do comando da Suframa, “Não fui demitido, pedi demissão“, declarou. Coronel perdeu a oportunidade de mostrar que tem planos e soluções para nossa cidade algo a mais, em querer só se mostrar amigo do presidente Bolsonaro.
David Almeida (Avante) – O segundo colocado das pesquisas de intenção de votos, também questionou a ausência do candidato Amazonino, questionando se era “possível” comandar de casa. Almeida estava com seu discurso decorado, mas, se atrapalhou quando questionado por Ricardo Nicolau (PSD), sobre cirurgias superfaturadas em mais de 1.000% na sua gestão interina.
David teve dificuldades para se explicar e partiu para ataques pessoais, chamando Nicolau de “leviano“, acabou punido com a concessão de direito de respostas pela banca de advogados formados pela OAB.
José Ricardo (PT) – Conhecido como Zé Ricardo, o homem da ‘kombi‘, seguiu o roteiro. Candidato pelo Partido dos Trabalhadores se mostrou firme, mesmo pegando “lapadas“, e demonstrando ficar entre uma saia justa quando lembrado que é do ‘partido mais corrupto da história do Brasil.’
Ricardo sustentou que fará campanha direcionada a classe D e E, como declarou.
Marcelo Amil (PCdoB) – Levando metade do debate na brincadeira, o candidato do PcdoB abusou da paciência dos adversários e do público ao exigir perguntas e respostas específicas, nos mínimos detalhes.
Tentou ser engraçado, mas conseguiu mesmo foi o papel de ‘palhaço‘, passou o debate todo brincando de Passa e Repassa, e falando sobre a Ponta Negra, e esqueceu de falar suas propostas.
Romero Reis (Novo) – Com seu discurso de executivo da iniciativa privada, fala muito em gestão, enxugamento de gastos com comissionados, mas mostra desconhecer totalmente os problemas da cidade e periferia.
Indo dessa maneira, mostra que seu discurso é de quem é apenas dono de empresa: ‘Eu mando, você obedece‘, em um debate tão sério, um simples botão criou dificuldades para todos, e principalmente para Reis, que esqueci de apertá-lo. Isso porque pretende administrar Manaus com aplicativos.
Ricardo Nicolau (PSD)– Ricardo se mostrou bastante nervoso quando questionado sobre seu ‘patrimônio’ declarado ao TRE.
Nicolau não respondeu de forma segura e exigiu que os temas abordassem os problemas da cidade e não picuinhas. O candidato renegou aliados, “Eu me represento“, declarou quando perguntavam sobre seus apoiadores. Ricardo tentou trazer a discussão para a área da saúde, onde se sente mais a vontade e seguro para debater.
Fora do Debate
Chico Preto (DC)– O candidato entrou na justiça para ter sua participação no debate, mas acabou ganhando mesmo foi a confirmação de que está com Covid-19 e a notificação de que o MPE pediu impugnação de sua candidatura.
No pedido, o MPE diz, que Chico Preto está inelegível por oito anos, a contar de 2017. O órgão se refere ao caso do envolvendo o assassinato do sargento José Cláudio da Silva, o ‘Caju’, morto a tiros em 2014 enquanto estava a serviço de Chico Preto. O prefeiturável alega que o MPE age com “viés persecutório”.
Gilberto Vasconcelos (PSTU)– O candidato que não tem visibilidade alguma, não foi convidado para participar do debate. E não perdeu nada.