Manaus – O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Henrique Albergaria Silva, afirmou, em entrevista aos jornalistas nesta quinta-feira (8), que as investigações da Polícia Federal na Operação Sangria identificaram que o vice-governador Carlos Almeida Filho teve “grande ingerência e influência” nos atos praticados pela Secretaria de Saúde e, por isso, ele foi alvo de busca e apreensão.
“Ao longo das investigações, da análise dos materiais apreendidos e dos demais elementos de prova, foi constatado que o vice-governador tem grande ingerência e influência nos atos praticados pela pasta de Saúde”, disse o delegado federal. Silva afirmou que a atuação de Almeida Filho foi na condição de vice-governador e que “ainda está sendo apurada ao longo do inquérito policial que está em andamento”.
Na segunda fase da Operação Sangria, os investigadores identificaram indícios de participação de outros servidores públicos e empresários no suposto esquema criminoso. A Polícia Federal prendeu cinco pessoas, incluindo o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias, e cumpriu mandados de busca e apreensão contra seis investigados, entre eles Carlos Almeida Filho.
As investigações também identificaram que o processo de contratação foi montado a partir da proposta da loja de vinhos, a FJAP Importadora. “Muito embora os respiradores da empresa contratada não tivessem especificações técnicos requeridas no certame, o procedimento foi todo montado a fim de viabilizar e legalizar a contratação dessa empresa”, disse o delegado.
De acordo com o delegado Henrique Silva, a negociação para a compra dos respiradores teve intermédio do empresário Gutemberg Leão Alencar, que também foi preso nesta quinta-feira, 8. O empresário é capitão reformado da Polícia Militar do Amazonas.
[…] acordo com a Polícia Federal, Almeida teria forte influência no esquema fraudulento de compra de respiradores para enfrentamento à Covid-19 no Amazonas, com sobrepreço […]