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Presença de militares na Amazônia será prorrogada até abril, diz Mourão

Operação tem o objetivo de combater desmatamento e focos de incêndio no bioma.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (26), que o governo federal vai prorrogar até abril de 2021 a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal. Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia.

O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), previa que a operação acabaria em julho deste ano, mas a Operação Verde Brasil foi prorrogada, e o prazo atual de vigência é até 6 de novembro.

O governo decidiu enviar militares para a região com o objetivo de fazer ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais. A operação é direcionada ao combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio.

A operação vai até abril, vamos prorrogar até abril“, afirmou Mourão nesta segunda-feira ao conceder entrevista a jornalistas na portaria da Vice-presidência.

Segundo Mourão, a prorrogação será acertada com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Mourão disse ainda que foram alocados R$ 400 milhões para a operação e que ainda há R$ 180 milhões.

Nós estamos com recurso, e o recurso é suficiente para chegar até abril“, declarou.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), interrompeu a atuação das brigadas de combate a incêndios florestais justamente por falta de recursos. Depois, com o desbloqueio de recursos por parte do governo federal, o órgão retomou as atividades.

Queimadas na Amazônia em 2020

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas na Amazônia em 2020 já ultrapassaram o total registrado de janeiro a dezembro de 2019.

Ao todo, segundo o Inpe, foram detectados pelos satélites 89.604 focos de calor até agora. No ano passado, foram detectados 89.176.

Desmatamento

Ainda segundo Inpe, a Amazônia Legal registrou 964 km² de áreas sob alerta de desmatamento em setembro deste ano. O número é o segundo maior em cinco anos.

Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares, tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal.

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