Milhares de pessoas batendo panelas e soprando apitos se reuniram no centro de Berlim, nesta quarta-feira (18), para protestar contra os planos da chanceler Angela Merkel de atribuir a seu governo poderes para impor restrições destinadas a conter a disseminação do coronavírus.

As Câmaras baixa e alta do Parlamento da Alemanha devem aprovar nesta quarta-feira leis que podem permitir ao governo impor restrições ao contato social e normas sobre uso de máscaras, consumo de álcool em público, fechamento de lojas e interrupção de eventos esportivos.

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Embora a maioria dos alemães aceite o mais recente lockdown para enfrentar uma segunda onda do coronavírus, críticos dizem que a lei dá ao governo muito poder e põe em risco os direitos civis dos cidadãos sem a aprovação do Parlamento.

Os manifestantes não usavam máscaras nem se distanciavam socialmente. Policiais com capacetes fizeram fila para impedir que os manifestantes se aproximassem demais do prédio do Parlamento.

A polícia está desesperada para evitar a repetição de um incidente de agosto, quando, durante marchas em massa contra as medidas para conter o coronavírus, manifestantes invadiram as escadas do Parlamento alemão, alguns deles agitando a bandeira de extrema direita do Reichsflagge.

A Alemanha, maior economia da Europa, foi amplamente elogiada por manter as taxas de infecção e mortalidade abaixo das de muitos de seus vizinhos na primeira fase da crise, mas agora está no meio de uma segunda onda, como grande parte da Europa.

O número de casos de coronavírus aumentou em 17.561, subindo para 833.307, mostraram dados do Instituto Robert Koch nesta quarta-feira. O número de mortos é de 13.119.

*Com informações Reuters

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