AMAZONAS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), recebeu no dia 14 um comunicado da empresa Eneva, que recentemente adquiriu direitos por concessão para explorar quatro lotes de petróleo e gás no estado.
Esses lotes, que representam uma área de 7,5 mil quilômetros quadrados, foram oferecidos em leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) no último dia 4.
Conforme a empresa, o investimento se dá pelo reconhecimento que a companhia tem do potencial do Amazonas. O estado é citado como detentor do maior volume de produção de gás em terra.
Com base nisso, a empresa vai apostar no extremo oposto do estado onde hoje se concentra a exploração de petróleo e gás natural, na bacia do Urucu, no rio Solimões.
Dessa maneira, o foco será a região leste, abrangendo os municípios de Itapiranga, Itacoatiara, Silves, Urucará, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã e Urucurituba.
Para a empresa, essa região possui potencial descoberto há mais de 20 anos, mas até agora relegado a segundo plano.
O privilégio dos investimentos ao oeste levaram até à construção de um gasoduto do Urucu/Coari a Manaus, investigado na operação Lava Jato por suspeita de corrupção e superfaturamento dos governos da época.
Azulão
Conforme os planos da concessionária, o foco dos investimentos vai ser na geração de energia. E vão se concentrar em três lotes no entorno do campo do Azulão, onde já realiza operações.
Segundo informou a Eneva, a concessão adquirida, de oito anos, foi a maior do leilão da ANP. Os contratos, entretanto, ficaram de ser assinados durante os três primeiros meses de 2021.
O chamado campo do Juruá, na bacia do rio Solimões é, portanto, o quarto lote adquirido. Trata-se de uma área para exploração de “acumulações marginais”. Ou seja, são atividades em áreas já exploradas.
No caso, explicou a Eneva a Wilson Lima, vai atuar na reabilitação de quatro poços ainda com potencial de produção.
O prazo de concessão é de seis anos, em. área de 331 quilômetros quadrados, nos municípios de Tefé e Carauari.
Participação do Amazonas
Nesse leilão da ANP, o Amazonas atraiu o maior volume das ofertas, de cerca de R$ 42 milhões. Esse é o valor que foi para os cofres do governo federal, representando 74% do que foi arrecadado no leilão.
Em conclusão de documento assinado pelo diretor de relações externas da Eneva, Damian Popolo, a companhia se compromete em produzir no Amazonas com responsabilidade.
A contrapartida esperada da Eneva é na preservação do meio ambiente e na geração de emprego e renda nos municípios onde explora as riquezas do estado.
*BNC