MANAUS – O prefeito eleito de Manaus, David Almeida (Avante), disse na terça-feira (22), que terá que “se virar nos 30” para administrar a capital amazonense com orçamento fixado em R$ 5,5 bilhões, ou seja, R$ 600 milhões menor do que em 2019.
Almeida também afirmou que, no próximo ano, a prefeitura deve iniciar pagamentos de empréstimos firmados pela gestão do atual prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), entre eles um de 150 milhões de dólares contratado em 2016.
“Nós vamos receber a prefeitura em 2021 com um orçamento R$ 600 milhões menor do que 2019. Vejam o desafio. Por isso que eu estou correndo para buscar recursos de fora, emendas, recursos federais, ajuda do governo estadual, com relação a isenção do diesel e IPVA, para podermos realizar tudo aquilo que a população de Manaus espera”, disse David.
O empréstimo de US$ 150 milhões citado por Almeida foi feito por Arthur junto ao Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) no ano 2016, após autorização do governo federal. O contrato definiu que o pagamento ocorreria em 24 anos, tendo cinco anos de carência e 19 anos para amortização do empréstimo, com juros de 3,85% ao ano.
O prefeito eleito também afirmou que está estudando negociar a dívida ativa do município de R$ 7,3 bilhões com o Banco do Brasil. “Eu estou procurando negociar a dívida ativa do município com uma instituição oficial, que é o Banco do Brasil. Tem R$ 7,3 bilhões de dívida ativa. O Banco do Brasil tem interesse nessa recuperação. Juntamente com a Procuradoria, vamos ver o que é possível fazer, se conseguimos acessar alguns desses recursos”, afirmou Almeida.
“Então, nós estamos nos virando nos 30. A partir de 2021 nós vamos nos virar com aquilo que a Câmara aprovou e aquilo que a prefeitura está nos entregando. Nós estamos tendo as informações, mas ainda não estão consolidadas. Nós temos as informações que são nos passadas, mas não na sua inteireza”, completou o prefeito eleito.