Começa o terceiro dia de depoimentos para ouvir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele está à frente da pasta desde 23 de março.
O ministro Marcelo Queiroga defendeu o uso de vacina para conter o coronavírus. “A solução que temos é campanha de vacinação. É resposta da ciência. Nunca em tão pouco tempo tivemos vacinas tão eficazes para uma doença viral”.
Marcelo Queiroga, disse que o Brasil distribuiu mais de 77 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus para estados e municípios. “Isso faz do Brasil o quinto país que mais distribui doses”.
O ministro encerrou sua fala inicial aos senadores pedindo um voto de confiança no trabalho dele para que o país possa vencer a pandemia. Afirmou que é preciso investir em medidas não farmacológicas, além de adotar uma política de testagem para orientar isolamento de pacientes e fortalecer o sistema de saúde para atender casos mais graves.
Ele também defendeu “união” contra o coronavírus, destacou a aprovação do auxílio emergencial pelo Congresso e a MP 1.015/2020, que libera R$ 20 bilhões para compra de vacinas, como medidas eficazes contra a pandemia.
Disse ainda, que sua chegada, representa uma mudança em temas como distanciamento social e vacinação. “Sim, é uma mudança. Pretendemos fazer ajustes nas políticas que estavam sendo colocadas em pratica”.
Pressionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre o motivo do colapso na saúde, o ministro disse que houve “imprevisibilidade biológica” e, além disso, faltou fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
Em resposta ao relator, Queiroga afirmou que o Ministério da Saúde investiu R$ 23 milhões em campanhas de publicidade sobre medidas preventivas ao coronavírus e vacinação, com o objetivo de levar informações corretas à população, “Não faço juízo de valor”, sobre se compartilha ou não opinião do presidente da República sobre prescrição de cloroquina. Disse ainda: “Não autorizei e não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na minha gestão”.
Perguntado sobre distanciamento social, Queiroga disse que é algo a ser definido conforme a situação de cada estado e município. Mas, segundo ele, é preciso que o Ministério da Saúde discipline a questão.
Queiroga informou que o governo tem um contrato na iminência de ser assinado para aquisição de 100 milhões de doses de vacinas da Pfizer, sendo que 35 milhões devem chegar em setembro.