O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reúne-se hoje com os presidentes Volodymyr Zelenskiy, da Ucrânia, e Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, na cidade de Lviv. Elesvão tratar do acordo para a exportação de cereais.

A ONU e a Turquia mediaram as negociações para desbloquear as toneladas de cereais retidas nos portos ucranianos.

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A necessidade de uma solução política para o fim do conflito, com seis meses, também vai ser discutida.

Mais cedo, Guterres visitou a Universidade de Lviv, onde defendeu a contribuição das academias no desenvolvimento das sociedades e na evolução das democracias modernas.

Erdogan

O presidente da Turquia poderá propor, durante as conversações de Lviv, um cessar-fogo na Ucrânia e a sua mediação para encontro entre os líderes ucraniano e russo, informou a agência russa TASS, citando uma televisão turca.

A agência disse que Erdogan também poderá propor a mediação de Ancara para a troca de prisioneiros de guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

Segundo a TASS, “o presidente turco planeja se oferecer para retomar o processo de negociação de Istambul e fazer do seu país plataforma para uma reunião entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia”.

Erdogan deverá manifestar também seu apoio à extensão do acordo que permitiu retomar a exportação de cereais ucranianos, bloqueados pela guerra iniciada em 24 de fevereiro.

Trata-se da primeira visita de Erdogan à Ucrânia desde a invasão russa. Ele tinha ido ao país em 3 de fevereiro deste ano, semanas antes do início da guerra.

Segundo a TASS, Erdogan vai reunir-se primeiro com Zelensky, seguindo-se encontro dos dois chefes de Estado com António Guterres.

A ONU é uma das partes do acordo que permitiu retomar a exportação de cereais ucranianos, alcançado no fim de julho, sob mediação turca.

O centro de inspeção dos navios está localizado em Istambul.

Defesa russa

O Ministério russo da Defesa acusou as forças ucranianas de estar planejando uma catástrofe na central nuclear de Zaporizhia durante a visita de Guterres à Ucrânia.

O porta-voz do Ministério diz que o objetivo é culpar os russos.

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