O ano de 2024 se inicia com tensões entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto devido à manobra do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Sua decisão de editar uma medida provisória que compromete a desoneração da folha de pagamento durante o recesso legislativo irritou tanto a oposição quanto membros da base aliada do governo.
A atitude do ministro, que conta com o aval da Casa Civil de Lula, provocou reações adversas, com parlamentares pressionando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que nem mesmo aceite a medida. O Partido Progressista (PP) está se articulando com líderes de outras legendas, deixando claro que a MP deve ser rejeitada, conforme destacou o senador Esperidião Amim (PP-SC).
Há observações de certa provocação no anúncio da medida provisória, que recebeu aval no mesmo dia em que a lei foi promulgada. A deputada Rosana Valle (PL-SP) ressalta que o tema já foi votado, e o governo foi derrotado no voto. Ela questiona a manobra governista, indagando se isso é democrático.
Rodrigo Pacheco ainda não definiu se aceitará ou não a MP, afirmando que ouvirá assessores legislativos e líderes políticos antes de tomar uma decisão. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo, composta por 250 parlamentares, já enviou um ofício a Pacheco, cobrando a rejeição da medida provisória.
