As pressões levaram Israel a fazer concessões significativas nas negociações, incluindo a oferta de liberar 15 palestinos presos por acusações graves de terrorismo em troca de cinco soldados israelenses femininas detidas em Gaza. Essa oferta fazia parte de uma proposta mais ampla de trocar dezenas de prisioneiros e detentos palestinos por cerca de 35 outros reféns durante uma trégua de aproximadamente seis semanas, de acordo com autoridades.
Os líderes políticos do Hamas insistiram, pelo menos publicamente, que qualquer acordo para liberar os mais de 100 reféns ainda mantidos em Gaza depende de uma trégua permanente e da retirada das tropas israelenses. Israel afirmou que não comprometerá seu objetivo de derrubar o Hamas em Gaza, sugerindo que não concordará com uma trégua de longo prazo.
Em uma coletiva de imprensa em Washington na terça-feira, Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, afirmou que os negociadores fizeram “progressos significativos” na semana passada e continuavam trabalhando por um acordo entre Israel e o Hamas.
“Estamos tentando finalizar esse acordo”, disse o Sr. Miller. “Acreditamos que seja possível.”
Mas ele acrescentou: “No final, parte disso depende do Hamas e se o Hamas está disposto a concordar com um acordo que traria benefícios significativos para o povo palestino que eles afirmam representar.”
Com nenhum acordo em vigor, a Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina anunciou a suspensão de missões médicas de emergência por dois dias em uma parte de Gaza, onde as forças israelenses interceptaram um comboio no domingo evacuando pacientes de um hospital, interrogando e detendo trabalhadores sob a suspeita de estarem transportando combatentes do Hamas.
O Crescente Vermelho e autoridades da ONU disseram que haviam combinado os arranjos para a evacuação com as autoridades israelenses. Jens Laerke, porta-voz do escritório de ajuda da ONU em Genebra, disse na terça-feira que Israel sabia dos detalhes da rota, dos veículos e da identidade das pessoas que viajavam no comboio.
Mas depois que o comboio deixou o Hospital Al-Amal na cidade do sul de Khan Younis, transportando 24 pacientes que precisavam de cirurgia, foi parado pelas forças israelenses.
Os soldados ordenaram que os pacientes e os trabalhadores de ajuda saíssem dos veículos, obrigaram os paramédicos a se despirem e mantiveram o comboio por sete horas, informaram autoridades da ONU. Um dos detidos foi liberado horas depois, informou o Crescente Vermelho.
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