O principal líder da oposição na nação africana central do Chade foi morto na quarta-feira em um tiroteio na sede de seu partido na capital, de acordo com o promotor do país.

Yaya Dillo, que era esperado para concorrer à presidência em uma eleição planejada para maio, estava entre dezenas de pessoas mortas e feridas em um tiroteio com as forças de segurança em Ndjamena, a capital. Tiros pesados foram ouvidos em Ndjamena na quarta-feira, e a internet foi cortada.

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Um país deserto sem saída para o mar, cercado por vizinhos em conflitos internos, frequentemente alvo de golpes ou em guerra, o Chade sempre foi considerado como um ponto-chave para a estabilidade e é um importante aliado dos EUA na região, apesar de suas tribulações políticas.

Após a morte de seu longevo presidente, Idriss Déby, no campo de batalha em 2021, seu filho assumiu o poder em um golpe de Estado, conforme concordam os analistas. Mas as nações ocidentais não condenaram a ação da mesma forma que condenaram os golpes em países vizinhos como Níger e Sudão.

A morte do Sr. Dillo — um ex-rebelde que era primo do presidente do país, além de seu crítico mais vocal — deixa um vazio na oposição política do Chade menos de três meses antes das eleições nacionais previstas para acontecer.

Oficiais chadianos haviam afirmado anteriormente que houve um ataque à Agência de Segurança Nacional do país, e acusaram o partido de Mr. Dillo, o Partido Socialista Sem Fronteiras, de estar por trás disso — o que Mr. Dillo negou.

O incidente mostra o quão frágil está o processo político rumo às próximas eleições presidenciais, disse Mr. Diarra, que pediu para o governo investigar de forma imparcial.

Até a tarde de quinta-feira em Ndjamena, não houve comentários nem dos Estados Unidos nem da França — ambos parceiros importantes do Chade na luta contra o terrorismo.

Nos últimos meses, o presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno — conhecido como Mahamat Kaka — tem tentado consolidar seu poder antes das eleições. Ele trouxe outro líder da oposição, Succès Masra, para o governo como primeiro-ministro.

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