Os Estados Unidos realizaram seu primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza no sábado, em parceria com a Jordânia, enquanto a administração Biden tenta evitar um grande desastre humanitário em meio à frustração com Israel.
Os aviões dos EUA realizaram o lançamento aéreo junto com a Força Aérea da Jordânia, afirmou o Comando Central dos EUA em um comunicado no sábado.
Os lançamentos contribuem “para os esforços contínuos do governo dos EUA em fornecer assistência humanitária vital para o povo em Gaza”, afirmou o comunicado. “Estamos planejando possíveis missões de entrega de ajuda aérea de acompanhamento.”
Três aviões de carga da Força Aérea dos EUA lançaram 66 paletes sobre o sudoeste de Gaza, segundo um oficial dos EUA. Os paletes continham 38.000 refeições prontas para comer.
Os lançamentos ocorreram um dia depois de o presidente Biden afirmar que os Estados Unidos encontrariam novas maneiras de levar ajuda aos palestinos em extrema necessidade devido à campanha militar de cinco meses de Israel para destruir o Hamas. Também acontece dois dias depois de mais de 100 palestinos terem sido mortos quando as forças israelenses abriram fogo ao redor de um comboio de caminhões de ajuda no norte de Gaza.
Autoridades dos EUA afirmaram que o incidente mostrou a extrema necessidade dos palestinos em Gaza e que os comboios terrestres que Israel permitiu entrar no território não estão fornecendo um alívio suficiente. No entanto, eles alertam que os lançamentos aéreos não podem transportar suprimentos na mesma escala dos comboios – mesmo grandes aviões de carga militar, como os C-130 usados no sábado, só podem carregar uma fração dos suprimentos que um comboio de caminhões pode transportar. Além disso, a ajuda lançada no chão é difícil de garantir e distribuir de forma organizada.
O principal objetivo deles, afirmaram as autoridades, é negociar uma pausa nos combates que permitiria a entrada de muito mais tráfego de caminhões.
Não ficou claro quando o próximo lançamento aéreo poderia ocorrer, já que condições meteorológicas adversas estavam previstas para Gaza no domingo.
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