Após o fechamento da agência pública de notícias argentina, Télam, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj, do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à decisão do governo de Javier Milei, classificando-a como um “ataque ao povo argentino”. Fundada em 1945, a Télam é responsável por fornecer serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias para centenas de veículos locais.
A Fenaj destacou a intransigência do governo de Milei ao fechar e cercar a sede da Télam com grades e policiamento, impedindo o acesso dos funcionários ao local de trabalho. A entidade também ressaltou que a empresa emprega mais de 700 pessoas.
A comparação foi feita com atitudes de governos anteriores no Brasil, mencionando as tentativas de sucateamento e privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a partir de 2016. A resistência da categoria no Brasil evitou um desfecho semelhante ao que ocorreu na Argentina. A Fenaj enfatizou que as lutas da categoria se estendem por toda a América Latina e o mundo.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor dos Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, Artur Romeu, classificou o fechamento da Télam como um desrespeito à sociedade argentina, ressaltando a importância da comunicação pública no acesso à informação e no fortalecimento do pluralismo midiático.
No momento, o site da Télam está fora do ar e os trabalhadores foram dispensados por uma semana. O prédio da agência está cercado por grades, impedindo o acesso ao local.
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