O ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, foi desqualificado pelo tribunal eleitoral do país de concorrer nas eleições presidenciais de maio devido a uma sentença de 10 anos por lavagem de dinheiro.
A decisão foi tomada após 10 horas de debate e baseada no fato de que Martinelli foi sentenciado a mais de cinco anos de prisão por um crime intencional. A Suprema Corte do Panamá negou seu recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro, relacionada à compra de uma editora com fundos de contratados do governo.
Após a decisão da corte, Martinelli, de 71 anos, recebeu asilo da Nicarágua e buscou refúgio em sua embaixada na Cidade do Panamá. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores do Panamá se recusou a permitir sua saída do país, citando acordos internacionais sobre asilo político.
Martinelli alega ser inocente e vítima de perseguição política, enquanto seu porta-voz chamou a decisão do tribunal de “ilegal” e acusou-o de violações processuais. Seu companheiro de chapa, José Raúl Mulino, foi autorizado a concorrer à presidência em seu lugar.
Com a desqualificação de Martinelli, outros candidatos presidenciais permanecem na corrida, incluindo Ricardo Lombana, que expressou apoio à decisão. Apesar de ter sido um forte candidato nas pesquisas, Martinelli enfrenta controvérsias anteriores e casos legais pendentes, incluindo seu envolvimento no escândalo de corrupção da Odebrecht.
Enquanto o drama político se desenrola, Martinelli parece se sentir em casa na embaixada da Nicarágua, compartilhando momentos de sua vida cotidiana nas redes sociais e mostrando otimismo em relação ao futuro.
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