A produção da indústria brasileira teve uma queda de 1,6% em janeiro de 2024 em comparação com dezembro de 2023. Esse resultado representa a maior queda desde abril de 2021, quando foi registrada uma redução de 1,9%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Industrial Mensal.

O mês de janeiro deste ano interrompeu uma sequência de dois meses de alta: dezembro (1,6%) e novembro (0,6%). No entanto, em relação ao mesmo mês do ano passado, a produção apresentou um crescimento de 3,6%. Essa é a sexta alta consecutiva nessa comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, o setor industrial registrou um crescimento de 0,4%.

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Com o desempenho de janeiro, a indústria brasileira encontra-se 0,8% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,5% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.

Influências

Apesar da queda no primeiro mês do ano, o gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta que foi possível observar um perfil positivo na maioria dos ramos industriais pesquisados, com “18 dos 25 ramos mostrando taxas positivas”. Isso indica que poucos setores influenciaram o resultado final do mês.

Os setores que mais apresentaram queda foram as indústrias extrativas (-6,3%) e de produtos alimentícios (-5%). “A primeira atividade foi impactada pela redução na extração de petróleo e minério de ferro, interrompendo dois meses seguidos de crescimento na produção, quando acumulou uma expansão de 6,7%. Já a segunda teve como maior influência negativa a queda na produção de açúcar, eliminando parte da expansão de 11,3% registrada entre julho e dezembro”, explica Macedo.

Outras contribuições negativas vieram dos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,4%) e de produtos têxteis (-4,2%).

Entre as dezoito atividades que registraram aumento na produção, os setores de produtos químicos (7,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%) e máquinas e equipamentos (6,4%) foram os que mais impactaram em janeiro de 2024.

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