Trabalhadores da agência pública argentina Télam estão acampados em frente ao prédio da empresa em Buenos Aires desde a última segunda-feira (4). Realizando atividades culturais e informativas, os funcionários continuam lutando contra a extinção da companhia.
Na sexta-feira passada (1º), o presidente Javier Milei prometeu encerrar a Télam, que desde então está fora do ar. No domingo (3), aproximadamente 770 trabalhadores da mídia pública receberam um e-mail de dispensa do trabalho por sete dias, e o prédio foi fechado com grades de ferro pela polícia.
Tomás Eliaschev, trabalhador da agência e delegado do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA), afirmou que ainda não têm informações sobre o futuro da empresa e estão em vigília pelo tempo necessário.
Além disso, eles receberam apoio de diversos trabalhadores de imprensa em todo o país, inclusive de veículos privados, preocupados com um possível fechamento da Télam. Os funcionários criaram o site “Somos Télam” para divulgar as notícias sobre a luta pela manutenção da agência.
O fechamento da Télam foi considerado um grave ataque à liberdade de expressão e ao direito à comunicação pelo professor Martín Becerra. Ele ressaltou a importância da agência como a principal conexão informativa que interliga todas as províncias da Argentina.
Deputados e senadores argentinos apresentaram projetos de lei para impedir a extinção da Télam, destacando sua importância no fornecimento de informações. Além disso, o movimento de apoio à agência recebeu o suporte de Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980.
Esquivel encorajou os trabalhadores da Télam e afirmou que estão buscando apoio internacional para a causa. O movimento continua ativo e empenhado em manter a agência pública funcionando.
Comentários