O grupo militante libanês Hezbollah disparou mais de 100 foguetes no norte de Israel na terça-feira de manhã, de acordo com as Forças Armadas de Israel. Foi um dos maiores ataques dos últimos meses, alimentando temores de que a guerra em Gaza possa se expandir para outra frente.

Não ficou imediatamente claro quantos dos foguetes atingiram o solo ou foram interceptados pelas defesas aéreas israelenses. As Forças Armadas de Israel disseram que seus caças retaliaram atacando três lançadores que haviam sido usados para disparar foguetes nas Colinas de Golã.

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Em comunicado, o Hezbollah disse que lançou o ataque em resposta aos ataques militares israelenses na segunda-feira no Vale do Bekaa, no Líbano, e como mostra de apoio aos palestinos em Gaza.

O grupo é um aliado chave do Hamas, cujos ataques em 7 de outubro levaram à guerra em Gaza. Na terça-feira, o Hezbollah disse que seu líder, Hassan Nasrallah, se encontrou com autoridades de alto escalão do Hamas para discutir “as negociações em andamento para alcançar um cessar-fogo em Gaza e cumprir as condições da resistência”.

Um desses oficiais foi Khalil al-Hayya, que liderou a delegação do Hamas nas recentes negociações de cessar-fogo no Cairo. Estados Unidos, Egito e Catar vinham tentando intermediar um acordo de paz entre Israel e o Hamas antes do início do Ramadã, o mês sagrado muçulmano, na segunda-feira, mas as negociações emperraram.

Desde o início do bombardeio de Gaza por Israel, o Hezbollah vem disparando foguetes no norte de Israel quase diariamente. As Forças Armadas israelenses regularmente respondem com ataques contra alvos ligados ao Hezbollah dentro do Líbano.

Tanto o Hezbollah quanto o Hamas são apoiados pelo Irã, e os confrontos ao longo da fronteira de Israel com o Líbano aumentaram as preocupações de que a guerra em Gaza possa se transformar em um conflito regional mais amplo.

A violência deslocou cerca de 80.000 israelenses de áreas próximas à fronteira com o Líbano; um número semelhante de libaneses fugiu de suas casas do outro lado.

Líderes israelenses afirmaram que há apenas duas opções para restaurar a calma no conflito com o Hezbollah: um acordo diplomático que afaste as forças do grupo militante da fronteira ou, falhando isso, uma grande ofensiva militar com o objetivo de alcançar o mesmo objetivo.

Euan Ward contribuiu com a reportagem.

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