Ao crescer na Argélia colonial, Marnia Lazreg foi instruída por sua avó a usar véu para se “proteger”. No entanto, Ms. Lazreg recusou. Anos mais tarde, como socióloga do Hunter College, ela questionou a imposição do véu nas mulheres muçulmanas, concluindo que não era necessário, nem por motivos religiosos, nem de segurança.
Ms. Lazreg, que faleceu aos 83 anos em Manhattan, dedicou sua vida acadêmica a explorar a complexa história de seu país natal, enfrentando a herança do colonialismo e o regime autoritário que continuava a sufocá-lo. Ela era uma acadêmica argelina única nos Estados Unidos, escrevendo em inglês de uma perspectiva feminista e anticolonialista.
Seu trabalho mais conhecido, “Questioning the Veil”, desafiou a ideia de que o véu era uma exigência religiosa para as mulheres muçulmanas. Apesar de críticas mistas, sua abordagem única e seu compromisso com questões anticoloniais e feministas deixaram um legado duradouro.
Nascida em 1941 em Mostaganem, Argélia, Ms. Lazreg enfrentou desafios incomuns para uma mulher argelina, obtendo um diploma em literatura inglesa e posteriormente um PhD em sociologia em Nova York. Além de sua carreira acadêmica, ela trabalhou no desenvolvimento internacional e defendeu questões femininas.
Ms. Lazreg deixou um impacto significativo em seus estudos e ativismo, desafiando conceitos arraigados e representando uma voz única no cenário acadêmico. Sua abordagem complexa e sua dedicação às questões de gênero e anticolonialismo continuam a influenciar pesquisadores e ativistas hoje.
Comentários