O comércio brasileiro está prevendo um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas à Páscoa. Isso representa um crescimento de 4,5% em comparação com o ano passado, descontando a inflação. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e inclui itens característicos como chocolate, bacalhau e vinhos.
A Páscoa é a sexta data comemorativa mais relevante para o comércio. Se a expectativa for confirmada, será o quarto ano consecutivo de aumento nas vendas. A tendência de crescimento observada desde 2016 foi interrompida apenas em 2020, ano em que a pandemia de covid-19 teve início e afetou severamente a economia.
Quatro estados devem representar mais da metade (51%) do total de vendas esperadas: São Paulo (R$ 948,08 milhões), Minas Gerais (R$ 352,57 milhões), Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões).
Em relação ao crescimento anual do faturamento, os maiores destaques são Santa Catarina e Minas Gerais, com aumentos de 7,4% e 7,2%, respectivamente.
A pesquisa da CNC revela que a Páscoa deste ano está acompanhada de um aumento significativo na importação de itens típicos do período. As importações de chocolate devem atingir 3,35 mil toneladas, um aumento de 21,4% em relação a 2023. No caso do bacalhau, o crescimento deve ser mais expressivo, de 61,9%. São 7,12 mil toneladas, a maior importação registrada desde 1997, quando o levantamento teve início.
Preços
A pesquisa da CNC indica que os preços dos produtos e serviços típicos estarão 5,2% mais altos este ano. Essa “inflação da Páscoa” é maior do que a inflação oficial acumulada no país nos últimos 12 meses, que é de 4,5%.
A lista de itens inclui chocolate, pescado, bacalhau, bolos, azeite de oliva, refrigerante e água, vinho e alimentação fora de casa. O único produto que deve ficar mais barato este ano é o bacalhau, com uma queda de 3,2% no preço.
O grande vilão, no entanto, é o azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em comparação à última Páscoa.
Segundo a CNC, a valorização do real em relação ao dólar ajudou a tornar os preços de produtos importados mais baixos. A taxa de câmbio, que antes da Páscoa de 2023 estava em R$ 5,20, agora está em torno de R$ 5 – uma queda de quase 4,3%.
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