A taxa de inflação do mês de fevereiro aumentou para todas as faixas de renda. As famílias de renda média alta foram as mais afetadas pelo aumento nos preços, que impactou as mensalidades escolares e o custo dos combustíveis.
Esses dados são do Indicador Ipea de Inflação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
De janeiro para fevereiro, a inflação na faixa de renda média alta subiu 0,88% – a maior alta no período. Enquanto a menor inflação, de 0,78%, foi registrada na classe de renda muito baixa, influenciada pelo aumento nos alimentos em casa e nas tarifas de ônibus urbano e de integração.
No acumulado de 12 meses até fevereiro, as famílias de renda muito baixa tiveram a menor taxa de inflação (3,56%), enquanto a faixa de renda alta registrou a maior taxa (5,44%).
Em fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo, o grupo alimentação e bebidas teve o maior impacto nas classes com rendas mais baixas, refletindo o aumento nos preços dos alimentos em casa, especialmente em itens essenciais da dieta, como arroz (3,7%), feijão (5,1%), batata (6,8%), cenoura (9,1%), ovos (2,4%) e leite (3,5%). O grupo transporte também teve impacto na inflação das classes de menor renda, devido aos reajustes nas passagens de ônibus urbano (1,9%) e no transporte público por integração (9,4%).
Nas classes de renda média, média alta e alta, o principal foco de pressão inflacionária em fevereiro foi o grupo educação, influenciado pelo aumento de 6,1% nas mensalidades escolares. Quanto aos transportes, apesar dos aumentos na gasolina (2,9%) e no etanol (4,5%) também terem contribuído para a inflação das famílias de maior renda, a queda de 10,7% nas passagens aéreas gerou um alívio significativo na inflação dessas faixas.
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