Centenas de pessoas participaram de um protesto público em Santiago, a segunda maior cidade de Cuba, neste domingo (17), em busca de energia e comida. Os apagões prolongados e a escassez de alimentos têm gerado tensões na ilha, em meio a uma crise econômica sem precedentes agravada pela pandemia de covid-19.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu diálogo em meio à manifestação, destacando a disposição das autoridades em ouvir as demandas do povo e explicar os esforços para melhorar a situação. No entanto, ele também alertou sobre a possibilidade de interferência de “terroristas” dos Estados Unidos para fomentar novas revoltas.
A polícia foi enviada a Santiago para controlar a situação e evitar a violência, mas os relatos indicam que a manifestação foi pacífica. Representantes do governo e do Partido Comunista explicaram à população sobre os desafios enfrentados, buscando transmitir tranquilidade e paz.
Os vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a mobilização em Santiago, enquanto a capital cubana e outras áreas relatam calmaria até o fim da noite. A Reuters não pôde confirmar imediatamente a veracidade de supostos protestos em outras cidades cubanas.
A crise econômica em Cuba tem levado a um êxodo recorde de pessoas em busca de melhores condições em outros países, como os Estados Unidos. As autoridades cubanas estão enfrentando desafios como escassez de alimentos, combustível e medicamentos, o que tem contribuído para a insatisfação da população e a realização de protestos.
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