A Polícia Federal do Brasil recomendou que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja acusado criminalmente em um esquema de falsificação de seu cartão de vacinação Covid-19, parcialmente para viajar aos Estados Unidos durante a pandemia, no mais recente sinal de investigações criminais se aproximando do ex-presidente.
Os promotores federais agora decidirão se perseguirão o caso. Se o fizerem, será a primeira vez que o ex-presidente enfrentará acusações criminais.
A polícia brasileira acusou o Sr. Bolsonaro de ordenar a um assessor de alto escalão que obtivesse registros de vacinação falsificados para ele e sua filha, de 13 anos, no final de 2022, pouco antes do ex-presidente viajar para a Flórida e ficar por três meses após sua derrota eleitoral.
A polícia brasileira afirmou que aguardava uma resposta do Departamento de Justiça dos EUA sobre se o Sr. Bolsonaro usou um cartão de vacinação falso para entrar nos Estados Unidos, o que poderia acarretar em diferentes acusações criminais.
Durante a pandemia, o Sr. Bolsonaro foi crítico em relação à vacina Covid-19, brincando que ela transformaria as pessoas em crocodilos e promovendo tratamentos não comprovados, como a hidroxicloroquina, um medicamento antimalárico.
Sua administração hesitou em garantir vacinas quando elas estavam sendo distribuídas, exacerbando a pandemia no Brasil, de acordo com uma investigação congressual brasileira que recomendou, em 2021, que o ex-presidente fosse acusado de “crimes contra a humanidade”, entre outras acusações, por suas ações durante a pandemia.
Os promotores na época não o acusaram. Mais de 700.000 pessoas morreram no Brasil devido à Covid-19, a segunda maior contagem de mortes nacional depois dos Estados Unidos.
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