O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação oficial, apresentou uma desaceleração no mês de março, atingindo 0,36%. Esse valor é menos da metade do registrado em fevereiro (0,78%). Os aumentos nos preços dos alimentos e da gasolina foram os principais responsáveis pela pressão no índice. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado também ficou abaixo do registrado em março de 2023, quando atingiu 0,69%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,14%, comparado aos 4,49% dos 12 meses anteriores.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco apresentaram aumento em março, com destaque para alimentação e bebidas, que registrou uma alta de 0,91%. Isso representou um impacto de 0,19 ponto percentual, praticamente a metade da inflação prévia de março.

No grupo de alimentação no domicílio, os aumentos foram liderados por cebola (16,64%), ovo de galinha (6,24%), frutas (5,81%) e leite longa vida (3,66%). Por outro lado, alguns itens registraram queda, como batata inglesa (-9,87%), cenoura (-6,10%) e óleo de soja (-3,19%).

Os preços da alimentação fora do domicílio registraram uma aceleração de 0,59% em relação a fevereiro (0,48%), principalmente devido ao aumento mais intenso nas refeições (de 0,35% em fevereiro para 0,76% em março).

Gasolina

O grupo de transportes apresentou uma aceleração de 0,43%, com destaque para o aumento de 2,39% no preço da gasolina. Como é um dos itens de maior peso na cesta de consumo dos brasileiros, a gasolina teve o maior impacto individual na inflação prévia de março, contribuindo com 0,12 ponto percentual no índice.

Em relação aos demais combustíveis, o etanol teve alta de 4,27%, enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda nos preços.

As passagens aéreas foram o item que mais contribuiu individualmente para conter a inflação, com uma queda de 9,08% em março.

Outros grupos que apresentaram alta foram habitação (0,19%), saúde e cuidados pessoais (0,61%) e educação (0,14%). Já artigos de residência (-0,58%), vestuário (-0,22%), despesas pessoais (-0,07%) e comunicação (0,04%) registraram queda nos preços.

Belém

O levantamento de preços do IBGE é realizado em 11 localidades: regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Em Belém, a inflação registrou quase o dobro da média nacional, com 0,74%. Os principais impactos no bolso dos paraenses foram da gasolina (1,96%) e do açaí, que teve um aumento de 18,87%.

O resultado final da inflação oficial de março (IPCA) será divulgado em 10 de abril.

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