O governo brasileiro condenou no sábado (6) a entrada das forças policiais do Equador na Embaixada do México em Quito na noite de sexta-feira (5) e expressou solidariedade ao governo mexicano. Em comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que a ação viola a Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, ressaltando a inviolabilidade dos locais das missões diplomáticas.

Segundo o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, houve suspensão imediata das relações diplomáticas entre os governos do México e Equador após a polícia equatoriana entrar à força na embaixada mexicana e deter o ex-vice-presidente equatoriano Jorge David Glas Espinel, que buscava refúgio devido à perseguição sofrida. O presidente mexicano classificou o ato como uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana.

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Enquanto isso, o governo equatoriano afirmou que não reconhece Glas como um perseguido político, pois ele foi condenado à prisão pela justiça local. Após a detenção na Embaixada do México, o ex-vice-presidente foi entregue às autoridades equatorianas, em respeito à soberania nacional e à intolerância à impunidade.

A crise no Equador, marcada por conflitos armados envolvendo organizações criminosas, levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a oferecer ajuda em janeiro, abrangendo áreas de inteligência e segurança. O Brasil reiterou seu apoio ao Equador nesse cenário de instabilidade.

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