As reuniões econômicas de alto nível entre os Estados Unidos e a China em Pequim terminaram na segunda-feira sem grandes avanços, mas as duas maiores economias do mundo concordaram em realizar mais discussões para lidar com a crescente fricção sobre comércio, investimentos e segurança nacional.

Embora não tenha havido grandes avanços, os EUA e a China concordaram em continuar as discussões para abordar os desafios em suas relações comerciais e de investimento. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet L. Yellen, tentou persuadir a China a reduzir sua recente explosão de exportações de tecnologia de energia verde, alertando que isso poderia ameaçar empregos americanos.

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Apesar da recepção calorosa em sua segunda viagem à China como secretária do Tesouro, ficou evidente que o nível de confiança entre as duas partes não é profundo. A trust entre Estados Unidos e China ainda precisa ser desenvolvida.

Durante as reuniões, Yellen argumentou que a China deveria investir mais no consumo doméstico e alertou que inundar os mercados com exportações poderia perturbar as cadeias de suprimentos. Vários países estão iniciando investigações antidumping contra a China, o que poderia levar a novas restrições comerciais.

As questões sensíveis testarão as novas linhas de comunicação entre os EUA e a China. Uma das questões mais urgentes que pode dividi-los nos próximos meses é como a administração Biden planeja lidar com as preocupações de que as exportações chinesas de veículos elétricos, baterias de íon-lítio e painéis solares representam uma ameaça para as indústrias americanas.

Além disso, a China nega subsídios ilegais em suas exportações de novas energias e levanta preocupações sobre o que seus funcionários percebem como uma onda de protecionismo injusto. A possibilidade de novas tarifas americanas ocorre enquanto a China busca um recuo nas tarifas impostas por Washington durante o governo Trump.

Em Washington, o Congresso está trabalhando em legislação que visa forçar a empresa chinesa ByteDance, sob ameaça de proibição americana, a vender a plataforma de mídia social TikTok. Os funcionários chineses levantaram essa questão com Yellen durante as negociações. A administração Biden considera o TikTok uma preocupação de segurança nacional e indicou que sancionará o projeto de lei do TikTok se for aprovado.

A administração Biden enfrenta pressões de legisladores democratas e republicanos em nível nacional e local para medidas que visam desvincular as duas economias, por meio de restrições de investimento e novas tarifas sobre importações da China. Enquanto isso, Pequim busca garantias de Washington de que não busca se separar da China.

A secretária Yellen enfatizou na segunda-feira que os EUA querem proteger a segurança nacional, mas não buscam cortar os laços comerciais e de investimento entre os dois países. A integração das duas economias é profunda, e uma separação total seria devastadora para ambas as economias.

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