O mercado financeiro global ficou nervoso devido ao pessimismo em relação à inflação nos Estados Unidos e às tensões geopolíticas no Oriente Médio. O dólar fechou no maior valor em seis meses, enquanto a bolsa teve a terceira queda consecutiva, atingindo o nível mais baixo em quatro meses.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (12) sendo vendido a R$ 5,12, com alta de R$ 0,031 (+0,61%). A cotação abriu acima de R$ 5,10 e continuou subindo durante todo o dia. O valor máximo atingido foi próximo de R$ 5,15.
Essa é a maior cotação desde 13 de outubro do ano passado. Apenas esta semana, o dólar teve um aumento de 1,1%, acumulando alta de 2,11% em abril e de 5,43% em 2024.
No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou em 125.946 pontos, com queda de 1,14%. Esse é o menor nível desde 6 de dezembro.
Inflação nos Estados Unidos
O mercado financeiro global reagiu aos dados de inflação nos Estados Unidos divulgados ao longo da semana. Apesar da inflação ao produtor em março ter ficado abaixo das expectativas, a inflação ao consumidor foi maior do que o esperado, praticamente eliminando a possibilidade do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciar a redução das taxas de juros em junho.
Taxas elevadas em economias desenvolvidas incentivam a saída de investimentos de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa. Os investidores buscam refúgio nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados os ativos mais seguros do mundo. Até o momento, esse movimento está relacionado ao dólar. O euro comercial teve uma queda de 0,23%, sendo vendido a R$ 5,448, após o Banco Central Europeu anunciar a intenção de reduzir as taxas de juros em junho.
Além disso, as tensões no Oriente Médio afetaram o mercado financeiro global. A expectativa de retaliação do Irã ao ataque de Israel à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, aumentou os temores de que o conflito na Faixa de Gaza se intensifique a nível regional.
*Com informações da Reuters
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