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    Lula defende estratégia internacional contra a extrema-direita.

    Lula defende estratégia internacional contra extrema-direita

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja propor uma estratégia internacional para lidar com o crescimento de movimentos de extrema-direita ao redor do mundo. A ideia de Lula é reunir “presidentes democratas” em um evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre em setembro, em Nova York.

    “Estamos passando por um novo período, os setores de esquerda, progressistas e democráticos precisam se organizar e se preparar”, afirmou ele nesta terça-feira (23), durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Lula informou que já discutiu a proposta com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.

    No café da manhã com jornalistas, Lula mencionou casos de violência e intolerância no Brasil, destacando um ódio crescente que “não existia no país e agora se tornou algo comum”. Ele observou que movimentos semelhantes estão ocorrendo em nações da Europa e nos Estados Unidos, que antes eram “o maior exemplo de democracia”.

    Segundo o presidente brasileiro, centenas de pessoas estão atualmente presas nos Estados Unidos devido à invasão ao Capitólio. Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Donald Trump invadiram a sede do legislativo para tentar reverter a derrota eleitoral do ex-presidente.

    “Foi uma afronta à democracia, e não podemos permitir que a negação das instituições prevaleça. Mesmo com todos os seus defeitos, é extremamente importante que as instituições criadas para manter a democracia sejam fortes. Portanto, os Estados Unidos, que eram o símbolo do respeito à democracia e às instituições, estão em uma situação diferente agora”, afirmou.

    O presidente lembrou que, algumas décadas atrás, a América do Sul era predominantemente governada por regimes comprometidos com a esquerda e a ideia de um Estado socialmente justo. No entanto, ele notou um retrocesso devido ao crescimento da extrema-direita, xenofobia, racismo, perseguição a minorias e pautas retrógradas. Lula ressaltou a importância de discutir política a fundo para enfrentar esses movimentos.

    Lula também comentou sobre suas relações com países sul-americanos, como a Argentina, durante o encontro com os jornalistas. Ele mencionou o encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com a chanceler argentina, Diana Mondino, em sua primeira visita oficial a Brasília desde a posse do presidente Javier Milei.

    De acordo com Lula, Vieira recebeu uma carta de Milei, mas o presidente ainda não teve acesso ao conteúdo do documento nem sabe se há interesse em um encontro. Ele destacou o otimismo nas relações diplomáticas com o Brasil para realizar discussões políticas sobre esses movimentos e seu enfrentamento.

    “Pelo que sei, sou considerado ‘persona non grata’ pela extrema-direita ao redor do mundo”, afirmou. “Há grandes expectativas em relação ao Brasil e ao simbolismo do retorno da democracia neste país”, acrescentou, lembrando sua participação em fóruns internacionais desde o início de seu terceiro mandato.

    Encontro com Milei

    Lula também mencionou as relações do Brasil com países sul-americanos, como a Argentina. Ele relatou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, teve um encontro com a chanceler argentina, Diana Mondino, para discutir temas como infraestrutura fronteiriça, cooperação em energia e defesa, melhoria da Hidrovia Paraguai-Paraná e fortalecimento do Mercosul e da integração regional.

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