O referendo realizado no Equador no último domingo (21) tem gerado polêmica e levantado preocupações sobre a militarização da sociedade, o controle dos Estados Unidos sobre a política interna do país e a falta de abordagem em questões fundamentais para combater o narcotráfico, como o sistema financeiro e o setor exportador equatoriano. A socióloga equatoriana Irene León, diretora da Fundação de Estudos, Ação e Participação Social do Equador (Fedaeps), fez essa análise.

Juntamente com ela, o antropólogo Salvador Schavelzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em política na América Latina, destacou que o referendo faz parte de uma estratégia do presidente Daniel Noboa para consolidar um modelo político assemelhado ao do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. Segundo Schavelzon, Noboa desloca o foco dos problemas econômicos e sociais do Equador para questões de combate à criminalidade e corrupção, seguindo um padrão copiado em outros países lati…

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