O ex-presidente de Níger, Mohamed Bazoum, está detido por seus antigos seguranças em uma ala isolada de sua casa, sem comunicação com o mundo exterior e sem acesso aos seus advogados. Nove meses após ser deposto em um golpe militar, Bazoum permanece detido sem previsão de libertação. A junta militar que o depôs busca retirar sua imunidade presidencial para processá-lo por traição, o que poderia resultar em prisão perpétua, conforme informaram seus advogados.

Bazoum, juntamente com sua esposa e dois funcionários domésticos, está privado de telefone e não pode ver seus advogados, familiares ou amigos. Sua única visita é de um médico que o leva comida semanalmente. Enquanto as demandas por sua libertação diminuem, seus aliados mais próximos foram presos ou forçados a fugir de Níger.

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A situação de Bazoum é única, com ele detido a poucos metros do escritório do general Tchiani, o líder militar que o depôs e agora governa o país. A falta de liberdade individual e o cerco aos oponentes políticos têm sido uma tendência em vários países da África Ocidental e Central nos últimos anos.

Enquanto a pressão internacional pela libertação de Bazoum aumenta, sua possível acusação e julgamento por supostos crimes como traição e apoio ao terrorismo ainda estão em aberto. As condições de detenção de Bazoum são rigorosas, com restrição de movimentos e acesso limitado a comunicações externas.

O ex-presidente passa seus dias exercitando-se e lendo enquanto aguarda seu destino na prisão. Sua trajetória política, marcada por reformas anticorrupção e parcerias internacionais, o coloca em uma posição delicada diante da brutal realidade da política nigerina.

Como a pressão internacional e a instabilidade política continuam a afetar a situação de Bazoum, o futuro permanece incerto para o ex-líder de Níger e seus associados mais próximos.

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