Kim Ki-nam, conhecido como “Goebbels da Coreia do Norte”, faleceu aos 94 anos, conforme relatado pela mídia estatal norte-coreana na quarta-feira. Kim desempenhou um papel crucial na fabricação e imposição de propaganda totalitária para as três gerações da família Kim, que governa o país. Ele não era parente dos ditadores norte-coreanos e faleceu devido a falência de múltiplos órgãos após um ano de doença.
A propaganda desempenha um papel central no regime stalinista da família Kim, mantendo a população de 26 milhões de habitantes em um culto de personalidade em torno da família governante. Todos os norte-coreanos são obrigados a usar broches com as imagens de Kim Il-sung e Kim Jong-il, e retratos dos líderes estão presentes em todos os lares e edifícios de escritórios.
Kim Ki-nam foi comparado a Joseph Goebbels, o ministro da propaganda da Alemanha nazista. Ele era um dos poucos funcionários octogenários que sobreviveram às frequentes purgas e serve a família Kim há três gerações. Sua longevidade em um regime que geralmente considera os altos funcionários como descartáveis é notável.
Ele conquistou a confiança de Kim Jong-un ao ajudar o jovem líder a consolidar sua liderança doméstica após a morte de seu pai, Kim Jong-il. Kim Jong-un foi apresentado ao público vestindo-se e penteando-se como seu avô, Kim Il-sung, uma estratégia propagandística considerada brilhante por analistas externos.
Kim Jong-un prestou homenagem a Kim Ki-nam, descrevendo-o como um “revolucionário veterano, competente no campo ideológico do partido, que permaneceu leal incondicionalmente”.
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