Singapura, uma vez conhecida como uma cidade-estado próspera e conservadora, passou por uma transformação impressionante e hoje é um destino internacional moderno e glamouroso. Sediou concertos de Taylor Swift e corridas noturnas de Fórmula Um, sendo consideravelmente mais rica per capita do que os Estados Unidos.

Essa mudança foi conduzida por Lee Hsien Loong, o terceiro primeiro-ministro do país do Sudeste Asiático. Seguindo em grande parte o modelo semi-autoritário e de livre mercado pioneirado por seu pai, Lee Kuan Yew, o primeiro líder do país, ele tornou Singapura ainda mais próspera.

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Nesta quarta-feira, Singapura terá um novo líder pela primeira vez em quase 20 anos. Lee, 72 anos, passará o cargo para seu vice, Lawrence Wong, 51. O Partido de Ação Popular deles governou Singapura de forma contínua por mais de seis décadas, com sucessos impressionantes. No entanto, há preocupações de que o aclamado “modelo Singapura” esteja prejudicando cada vez mais pessoas.

Singapura é uma das cidades mais caras do mundo, mas não possui um salário mínimo. Os preços dos imóveis dispararam e muitos singapurenses afirmam que a mobilidade social diminuiu consideravelmente. Outros reclamam que a liberdade de expressão ainda é rigidamente controlada, embora menos do que antes. As tensões são agravadas pela necessidade de trabalhadores estrangeiros; cerca de 40% dos quase seis milhões de habitantes de Singapura não são cidadãos.

Comparado ao seu pai famosamente rigoroso, Lee mostrou flexibilidade e responsividade às demandas do público, mas a popularidade do P.A.P. sofreu uma queda significativa durante seu mandato. Ainda assim, o partido permanece, por enquanto, firmemente estabelecido no poder.

Wong tentou projetar uma imagem de homem comum: foi criado em habitação pública, não frequentou as mesmas escolas de elite que seus antecessores e adora tocar guitarra. Lee continuará como “ministro sênior”, assim como seu pai fez após renunciar em 1990.

Em seu discurso de despedida na Marina Bay Sands em Singapura, Lee prometeu construir uma Singapura mais inclusiva, onde todos trabalhem juntos para melhorar a qualidade de vida de todos. Essa visão é apoiada por muitos, mas a desigualdade social e as tensões políticas são desafios importantes a serem superados.

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