Espanha, Noruega e Irlanda anunciaram na quarta-feira que reconheceriam um estado palestino independente, em um ato de repúdio a Israel por sua guerra em Gaza e pelas décadas de ocupação dos territórios palestinos.

Embora muitos países tenham reconhecido a soberania palestina, as declarações coordenadas dos três países ganharam destaque diante do crescente número de mortos na ofensiva militar de Israel em Gaza e porque a maioria dos países da Europa Ocidental tem resistido em reconhecer o estado palestino.

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Essas ações provavelmente terão pouco impacto imediato nas condições dos palestinos na Cisjordânia ocupada por Israel ou em Gaza, onde autoridades de saúde afirmam que mais de 35.000 pessoas foram mortas em mais de sete meses de bombardeios e combates terrestres israelenses. No entanto, a crescente percepção em várias capitais de que a soberania palestina não pode mais esperar por um acordo de paz permanente com Israel constitui um sinal poderoso da crescente impaciência internacional com as políticas de Israel.

“Os palestinos têm o direito fundamental e independente a um estado próprio”, afirmou Jonas Gahr Store, primeiro-ministro da Noruega, em uma coletiva de imprensa em Oslo anunciando a decisão que entrará em vigor na terça-feira.

A decisão da Espanha também entrará em vigor no mesmo dia, anunciou o primeiro-ministro Pedro Sánchez, acrescentando que a Espanha foi forçada a agir porque o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tinha um plano para a paz de longo prazo com os palestinos.

“O solução de dois estados está em perigo”, disse o Sr. Sánchez em seu discurso ao Parlamento, referindo-se a um esquema proposto para estabelecer um estado palestino independente ao lado de Israel. “É hora de passar das palavras para a ação – de dizer a milhões de inocentes palestinos que estão sofrendo que estamos com eles, que há esperança”, acrescentou.

O primeiro-ministro Simon Harris da Irlanda afirmou em uma coletiva de imprensa que estava confiante de que outros países se juntariam a eles no reconhecimento da soberania palestina nas próximas semanas.

Mais de 140 países e o Vaticano reconheceram um estado palestino, mas a maioria dos países da Europa Ocidental e os Estados Unidos não o fizeram. Eles afirmam que o reconhecimento deve ser alcançado por meio de negociações entre israelenses e palestinos, e que, embora apoiem a solução de dois estados, medidas unilaterais de terceiros não avançarão nesse objetivo.

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