A partir do final de junho, os clientes da Azul e da Gol podem comprar passagens de uma companhia nos canais de venda da outra. As duas empresas anunciaram, nesta quinta-feira (23), um acordo de cooperação comercial através do codeshare, compartilhamento de códigos.

O acordo será válido apenas para rotas domésticas operadas exclusivamente por uma das duas companhias. As rotas em que ambas as empresas competem diretamente não estão incluídas no codeshare.

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Avião da Azul taxiando no aeroporto de Brasília. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Através do codeshare, o passageiro utiliza os canais de pesquisa, de venda e os padrões de serviço de uma companhia para embarcar em outra. O check-in deve ser feito nos guichês ou nos canais digitais da companhia que opera o voo. Em voos com conexão, o cliente fará o check-in na empresa que opera o primeiro trecho e receberá automaticamente os cartões de embarque para todos os voos.

O despacho de bagagens seguirá o mesmo procedimento, com o cliente despachando as malas na companhia que opera o voo ou o primeiro trecho e recebendo-as no destino final. Para remarcar ou cancelar a viagem, o passageiro deve contatar a companhia onde comprou a passagem.

Em comunicado, as duas companhias esclareceram que o acordo também inclui os programas de fidelidade. Os membros do Smiles (Gol) e do Azul Fidelidade acumularão pontos ou milhas no programa de sua escolha.

A data exata para o início das vendas com codeshare não foi divulgada. As duas empresas informaram apenas que os canais começarão a oferecer as rotas compartilhadas no final do próximo mês.

Monitoramento

Nas redes sociais, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que esse tipo de parceria é comum no setor aéreo em diversos países. Ele afirmou que o ministério e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) buscarão garantir as melhores condições para os consumidores brasileiros.

Brasília (DF) 22/05/2024 O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, dá entrevista ao programa Bom Dia, Ministro Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Esse tipo de acordo comercial já existe entre outras companhias aéreas nacionais e internacionais ao redor do mundo. Esperamos que possa ampliar a conectividade entre os diversos destinos brasileiros, oferecendo mais opções de voos para os brasileiros”, destacou Costa Filho.

No final de janeiro, a Gol entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos para reestruturar as finanças após a pandemia de covid-19. A companhia informou que o pedido não afeta as operações no Brasil. O governo está monitorando os desdobramentos da recuperação judicial.

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