A produção de energia verde no país será priorizada para abastecer o mercado interno, visando a geração de empregos, renda e riquezas para a população, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma visita ao Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba, São Paulo, nesta sexta-feira (24). Lula reiterou que o Brasil é imbatível em políticas voltadas para combustíveis renováveis e energia limpa.

“É importante que o mundo entenda que este país não é pequeno. É um país grande, com uma sólida base intelectual e pesquisadores com capacidades extraordinárias para competir com qualquer outro país. Porém, é preciso compreender que não iremos produzir hidrogênio verde apenas para exportar, destacou o presidente.

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24.05.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba - SP.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba – SP.

Foto: Ricardo Stuckert / PR – Ricardo Stuckert / PR

“Caso desejem, que venham utilizar energia verde aqui, trazendo empregos e desenvolvimento. Que venham produzir suas máquinas aqui. Não adianta tentar produzir aço verde na China ou na Alemanha. Venham produzir aqui”, acrescentou, afirmando que será um porta-voz da energia verde brasileira em futuros encontros com líderes de Estado e empresários.

As declarações foram feitas durante a visita à nova planta de produção de etanol de segunda geração do Parque de Bioenergia Bonfim. A unidade, gerida pela empresa Raízen, é considerada a maior do mundo, com investimentos de R$ 1,2 bilhão e capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. Dentre os mais de 2,5 mil funcionários do parque, 230 estão lotados na nova unidade.

Etanol de segunda geração

O etanol de segunda geração se destaca por utilizar o bagaço resultante da produção de açúcar e etanol convencional. O reaproveitamento desse material, juntamente com outros ingredientes e resíduos como palha, pode aumentar a produção em até 50%, sem a necessidade de expandir a área plantada.

Além disso, o processo reduz em até 30% as emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o Palácio do Planalto, cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do etanol de segunda geração são produzidos no Brasil, resultando em uma pegada de carbono 80% menor que a gasolina comum.

“O mundo terá que entender que o Brasil é o maior fornecedor de energia verde e que, no que diz respeito à política de combustíveis renováveis e energia limpa, ninguém pode competir conosco”, afirmou Lula. “Aqui em Guariba, vejo que o bagaço de cana é capaz de produzir um combustível excepcional, custando no mercado exterior o dobro do preço do etanol. Fico pensando: o que este país está esperando para oferecer isso ao mundo?”, complementou o presidente.

Pluralidade energética

Brasília (DF) 17/04/2024, O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participa da abertura do “Fórum Distribuição de qualidade para a inclusão e transição energética”,  O evento é promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE). Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, demonstrou otimismo similar. “Como não ser otimista ao participar desse momento histórico, nessas áreas estratégicas onde o Brasil lidera devido às suas peculiaridades e às suas potencialidades naturais?”, questionou Silveira, destacando que o Brasil lidera a transição energética global, com 88% de sua energia sendo gerada por fontes limpas e renováveis, além de possuir 11% de toda a água doce do planeta, clima tropical e terra fértil.

“A grande força do Brasil está em sua diversidade energética. Devemos combater a desigualdade por meio dessa diversidade. É crucial transformar isso em empregos de qualidade, combater a desigualdade e proporcionar oportunidades. Vamos industrializar o Brasil para alcançar esse objetivo”, ressaltou.

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