Os Estados Unidos acusaram a Rússia de usar armas químicas, incluindo gás venenoso, “como método de guerra” contra as forças ucranianas, em violação de uma proibição global do uso de tais armas.
Segundo o Departamento de Estado, a Rússia usou cloropicrina, um “agente sufocante” amplamente utilizado durante a Primeira Guerra Mundial, bem como gás lacrimogêneo, contra as tropas ucranianas. O uso desses gases em guerras é proibido pelo Tratado de Armas Químicas, ratificado por mais de 150 países, incluindo a Rússia.
De acordo com o Departamento de Estado, os Estados Unidos imporão sanções a três entidades estatais ligadas aos programas de armas químicas e biológicas da Rússia e a quatro empresas que os apoiam.
O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, chamou as acusações de que as forças russas usaram armas químicas de “odiosas e infundadas”.
As autoridades ucranianas relataram cerca de 1.400 casos de suspeita de uso de armas químicas no campo de batalha pela Rússia desde o início da invasão em fevereiro de 2022. A utilização de agentes tóxicos geralmente coincide com períodos intensos de combate, quando as forças russas buscam desalojar as tropas ucranianas de posições bem fortificadas.
Ao longo da crise, testemunhas relatam que os russos utilizam agentes químicos contidos em granadas para forçar os soldados ucranianos a abandonar suas posições fortificadas. As tropas ucranianas enfrentam escassez de equipamentos de proteção adequados contra ataques químicos, como máscaras de gás.
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