Forças de segurança entraram em confronto com manifestantes na capital da Geórgia na noite de quarta-feira, após o avanço de legislação controversa que tem provocado semanas de manifestações no país do Leste Europeu.

Desde que o partido governante, Georgian Dream, aprovou um projeto de lei no Parlamento no início do mês passado, que a oposição pró-Ocidente acredita que possa ser usada para reprimir dissidência e dificultar os esforços do país para ingressar na União Europeia, os manifestantes têm tomado as ruas da capital, Tbilisi, noite após noite.

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Seus números aumentaram na quarta-feira, depois que o Parlamento aprovou o projeto de lei na segunda, de três votos necessários.

O projeto de lei exigiria que grupos não governamentais e veículos de mídia que recebem mais de 20% de seu financiamento de fontes estrangeiras se registrem como organizações “que defendem os interesses de um poder estrangeiro” e forneçam demonstrativos financeiros anuais sobre suas atividades. Violações acarretariam multas pesadas.

“O povo georgiano deseja um futuro europeu para seu país”, escreveu ela. “A Geórgia está em uma encruzilhada. Deve continuar seu caminho em direção à Europa.”

Na quinta-feira, o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, afirmou em comunicado que também estava preocupado com “relatos do uso desnecessário e desproporcional de força por parte das forças de segurança” e pediu à Geórgia que retire o projeto de lei.

O governo – liderado pelo Georgian Dream desde 2012 – afirma que o projeto de lei tem o objetivo de tornar o financiamento estrangeiro mais transparente e foi modelado em uma lei americana de 1938 e em medidas semelhantes adotadas ou propostas por outros países ocidentais.

Ele tentou aprovar a lei no ano passado, mas recuou diante de protestos em grande escala. Desta vez, o partido parece determinado a aprová-la no Parlamento, mesmo que os legisladores provavelmente tenham que anular um veto do presidente do país, Salome Zourabichvili.

Marika Kochiashvili contribuiu com a reportagem.

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