Durante meses, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou discutir publicamente o futuro pós-guerra em Gaza. No entanto, nos bastidores, altos funcionários do seu gabinete têm considerado um plano expansivo para o futuro pós-guerra em Gaza, no qual Israel compartilharia a supervisão do território com uma aliança de países árabes, incluindo Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, juntamente com os Estados Unidos.
De acordo com a proposta, Israel faria isso em troca de relações normalizadas com a Arábia Saudita. Embora membros de extrema-direita da coalizão de Netanyahu provavelmente rejeitem essa ideia, a proposta é um sinal claro de que as autoridades israelenses estão pensando no futuro pós-guerra de Gaza e poderia ser um ponto de partida para negociações futuras.
A divulgação do plano ocorre em meio a esforços intensos para obter um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A relutância de Israel em determinar como governar Gaza gerou um vácuo de poder no território, levando a situações de caos e piorando a situação humanitária.
Representantes e analistas árabes consideraram o plano de compartilhamento de poder ineficaz, pois não estabelece um caminho explícito em direção a um estado palestino. No entanto, a proposta tem sido vista com cautela, pois sugere uma maior flexibilidade entre os líderes israelenses do que seus discursos públicos indicam.
O gabinete do primeiro-ministro israelense se recusou a comentar a proposta, que ainda não foi formalmente adotada pelo governo israelense e carece de detalhes específicos. No entanto, é o plano mais detalhado discutido por autoridades israelenses até o momento e poderia ter potencial para futuras negociações.
Em geral, a proposta está sujeita a consideração nos mais altos níveis do governo de Israel. No entanto, sua implementação aguarda a derrota do Hamas e a libertação dos reféns restantes em Gaza. A intenção dos empresários é obter apoio internacional para convencer Netanyahu de que vale a pena embarcar na difícil tarefa de obter apoio doméstico para o plano.
Em suma, a proposta revela o pensamento interno de Israel e pode ser um passo em direção a um acordo de normalização com a Arábia Saudita.Embora haja desafios a serem superados, a proposta reflete uma busca por soluções inovadoras para a situação complexa em Gaza.
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