O renomado diretor de cinema iraniano Mohammad Rasoulof anunciou que fugiu do país, após ser condenado a oito anos de prisão por seus filmes. Rasoulof, conhecido por seu premiado filme “There Is No Evil”, havia sido impedido de sair do Irã após seu trabalho criticar a vida sob o regime autoritário do país.

Em uma postagem no Instagram, Rasoulof revelou sua fuga do Irã, declarando ter alcançado um “lugar seguro” após uma jornada difícil e longa. Ele culpou os governantes clericais do Irã por sua partida, chamando-os de opressores e brutais.

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Seu filme “There Is No Evil”, que abordava a questão dos carrascos no Irã, venceu o principal prêmio no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2020. Rasoulof não foi autorizado a sair do país para participar da cerimônia de premiação.

A indústria cinematográfica do Irã é aclamada internacionalmente, porém é fortemente controlada no país, onde as autoridades podem proibir exibições e filmagens. O novo filme de Rasoulof, “The Seed of the Sacred Fig”, está programado para estrear no Festival de Cannes, na França, este mês.

Ao longo dos anos, Rasoulof enfrentou acusações de propaganda contra o Estado, teve seu passaporte confiscado, foi preso e processado. Em uma declaração recente, ele denunciou a intensificação da repressão no Irã, afirmando que as pessoas esperam notícias de crimes hediondos do governo todos os dias.

Leily Nikounazar contribuiu com a reportagem de Bruxelas.

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