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Fundador da Qualicorp é preso em operação da PF que investiga suposto caixa 2 de Serra

Investigações apontam que senador recebeu R$ 5 milhões em doações não contabilizadas.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21), uma operação que investiga suposto caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014. O empresário José Serpieri Júnior, sócio e fundador da Qualicorp, foi preso após as investigações apontarem que ele fez doações não contabilizadas de R$ 5 milhões ao tucano.

(CORREÇÃO: O Politizei errou ao informar que foi cumprido nesta manhã mandado de busca e apreensão no gabinete de Serra no Senado. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), impediu o cumprimento do mandado porque a Advocacia-Geral do Senado considerou que isso dependia de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda precisa decidir se autoriza ou não.)

Em nota, o senador José Serra disse que lamenta a espetacularização da investigação e que desconhece as acusações. Ele disse que “foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa.

A Qualicorp confirma que ocorreu o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua sede administrativa e disse que a nova administração da empresa fará uma apuração completa dos fatos. A empresa também afirmou que está colaborando com as autoridades públicas competentes.

A operação, que foi denominada Paralelo 23, é uma nova fase da Lava Jato que apura crimes eleitorais e é feita em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE). As apurações se restringem a fatos de 2014, quando Serra ainda não tinha o mandato de senador. Por volta das 8h50, além de José Serpieri Júnior, estavam presostemporariamente na sede da PF em São Paulo: Arthur Azevedo Filho e Rosa Maria Garcia. A prisão temporária é de 5 dias, podendo ser renovada por mais 5 dias. Apenas o empresário Mino Mattos Mazzamati não foi localizado pela PF em Itu, no interior paulista.

Haveria a criação por parte de um grupo empresarial da área de saúde de operações com objetivo de destinar recursos para a campanha eleitoral do parlamentar que é alvo desta investigação. Ao todo seriam repassados R$ 5 milhões fazendo uso de empresas que simulariam a prestação de serviços com o objetivo de simular transferência, a origem, destes recursos ilícitos que tinham o objetivo chegar a campanha eleitoral deste parlamentar”, afirmou Marcelo Ivo, delegado da Polícia Federal de São Paulo.

Nota Serra

“O senador José Serra foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido.

José Serra lamenta a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Serra mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra.”

 

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