Profissionais aprovados no concurso da Seduc de 2018 reuniram-se, na tarde desta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com a deputada Therezinha Ruiz (PSDB) e o deputado Felipe Souza (Patriota) em busca de solução para os 6,7 mil concursados que, segundo o professor Gustavo Raposo, se encontram em situação difícil. Durante a reunião, Therezinha Ruiz recebeu um comunicado do secretário da Seduc, Luiz Castro, informando que serão chamados 312 concursados até a próxima sexta-feira (9).
Presidente da Comissão de Educação da Aleam, Therezinha Ruiz informou, com base no comunicado, que essa é a primeira chamada para nomeação imediata nos cargos. Ela relatou as várias reuniões com a Seduc tratando da convocação dos concursados e se comprometeu, juntamente com Felipe Souza, em levar ao Governo as reivindicações dos profissionais, solicitando também a efetivação de um cronograma das próximas convocações.
O deputado Felipe Souza destacou que realizou reuniões com o secretário Luiz Castro e que as providência foram tomadas pela Seduc e encaminhadas para o Governo. “Há necessidade de profissionais para suprir os cargos na rede estadual e esperamos que todos os aprovados sejam chamados”, salientou o parlamentar.
Os concursados apontam a necessidade imediata de pessoal nas escolas, com o fim dos contratos temporários. “Faltam professores, merendeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros técnico-administrativos na rede estadual da capital e do interior”, afirmam os profissionais.
Situação precária
De acordo com o representante dos concursados, professor Gustavo Raposo, a situação está se tornando insustentável, com os profissionais que estão passando fome à espera da convocação para ocupar os cargos a que tem direito. “Muitos são de outros Estados e deixaram seus empregos confiando no anuncio da chamada feita em abril, e estão passando necessidades em Manaus”, denunciou.
Gustavo disse que agendou uma reunião e esteve hoje (5) na Casa Civil, na sede do Governo, e não conseguiu falar com as autoridades, depois de várias tentativas. “Não nos informam sobre nada e somente agora estamos sabendo da chamada de 312, sem uma data definida, por isso não temos perspectivas de convocação, que até agora são promessas”, reclamou.
Os professores também denunciaram a situação dos merendeiros no interior do Estado que, segundo eles, trabalham em três turnos preparando a refeição de até mil alunos, quando o correto seria fazer a refeição de 250 estudantes. “São trabalhadores e trabalhadoras que estão adoecendo devido a exaustiva carga de trabalho”, acusaram.
Eles solicitaram a realização de uma nova reunião, que deverá acontecer na próxima semana, com a presença de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Seduc e do Governo, para definir a situação com a garantia efetiva de seus direitos.