Informações de Patrícia Laya do Bloomberg

Centenas de milhões de dólares em dinheiro vivo foram enviados da Rússia rumo à Venezuela, uma tábua de salvação para o regime de Nicolás Maduro, cujo acesso ao sistema financeiro global está restringido por sanções dos Estados Unidos.

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Um total de US$ 315 milhões em notas de dólares e euros foi enviado em seis remessas separadas de Moscou a Caracas entre maio de 2018 e abril de 2019, de acordo com dados da ImportGenius revisados pela Bloomberg.

A empresa compilou registros aduaneiros russos obtidos por meio de fontes privadas. O dinheiro veio de bancos administrados pelos governos dos países e foi enviado para o banco de desenvolvimento da Venezuela, segundo os registros.

Embora o dinheiro possa ter várias finalidades – como a repatriação de recursos da Venezuela depositados no exterior, dividendos de uma participação em um banco de Moscou ou receita com vendas de petróleo ou ouro -, o complexo feito logístico mostra uma das maneiras pelas quais o governo de Maduro tenta contornar as fortes sanções financeiras dos EUA.

Como consequência do escrutínio, o banco central tem realizado mais transações em dinheiro, às vezes oferecendo aos clientes locais acesso a notas de euro. Os dados da ImportGenius cobrem até abril deste ano. Naquele mês, cerca de US$ 97 milhões em notas foram enviadas em duas cargas pelo banco Evrofinance Mosnarbank, de Moscou, ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social da Venezuela, ou Bandes.

O Evrofinance é uma joint venture entre o Bandes e a agência estatal de administração de propriedades da Rússia. Em janeiro, US$ 113 milhões em notas de 100 euros foram enviados pelo banco estatal Gazprombank, que na época tinha uma participação no Evrofinance. A mesma entidade embarcou US$ 50 milhões em notas de dólar apenas dois dias antes e dois embarques separados, de moeda não especificada e totalizando US$ 55 milhões, foram realizados em maio e julho do ano passado.

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