fbpx
31.3 C
Manaus
InícioBrasilEx-superintendente da PF no Rio vai ocupar cargo na Holanda

Ex-superintendente da PF no Rio vai ocupar cargo na Holanda

Demissão de Saadi da superintendência do Rio foi um dos pontos de atrito entre o presidente Bolsonaro e o ex-ministro Sergio Moro.

O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, foi designado pelo governo para exercer o cargo de oficial de ligação junto à Europol (polícia europeia) em Haia, na Holanda.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (9), assinada pelo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza.

Saadi foi superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro entre fevereiro de 2018 e agosto de 2019. Atualmente, exerce o cargo de chefe do serviço de repressão a crimes financeiros.

Em agosto de 2019, a superintendência do Rio de Janeiro esteve no centro da primeira crise pública relacionada à Polícia Federal entre o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro.

No dia 15 de agosto do ano passado, sem o conhecimento da cúpula da PF, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente da PF no Rio. “Vou mudar por exemplo o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Motivo: é questão de produtividade“, disse.

No mesmo dia, em nota, a PF afirmou que a mudança estava prevista havia meses e que “o motivo da providência é o desejo manifestado, pelo próprio policial, de vir trabalhar em Brasília, não guardando qualquer relação com o desempenho do atual ocupante do cargo”.

Após deixar a superintendência da PF no Rio de Janeiro, Saadi foi nomeado para um cargo de chefia na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado em Brasília.

Interferência na PF

Em abril de 2020, ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça, Sergio Moro apontou a troca de superintendência do Rio de Janeiro como uma dos sinais de suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Posteriormente, o ministro Celso de Mello determinou a abertura de inquérito para investigar as denúncias de Sergio Moro.

Em maio de 2020, Ricardo Saadi depôs a PF sobre a suposta pressão. No depoimento, o delegado afirmou desconhecer os motivos que levaram à sua exoneração em agosto de 2019.

Comentários

SourceG1
- Advertisment -

LEIA MAIS