A Suprema Corte dos Estados Unidos deixou claro nesta quinta-feira (9), que o presidente do país não pode escapar de investigações, ao decidir que um promotor da cidade de Nova York pode obter os registros fiscais referentes ao Imposto de Renda de Donald Trump, inclusive as restituições.

A decisão foi tomada por 7 juízes e teve voto contrário de 2. O relato do voto, escrito por John Roberts, significa que um mandado será enviado aos contadores de Trump, Mazars LLP, para que registros sejam entregues à Justiça como parte de uma investigação.

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Os juízes também decidiram que o Congresso não pode, pelo menos por enquanto, ter acesso aos mesmos documentos.

Diferentemente dos outros presidentes, Trump se recusou a divulgar suas restituições e outros documentos que dariam detalhes sobre sua riqueza e as atividades imobiliárias de sua empresa.

Trump se opõe à divulgação de seus documentos contábeis e declarações fiscais aos comitês do Congresso e ao promotor de Nova York.

O conteúdo desses relatórios é um mistério, mesmo com a reeleição marcada para o dia 3 de novembro.

A decisão desta quinta-feira é mais um marco na presidência tumultuada de Trump.

Congresso

Comitês de deputados já fizeram pedidos para ter acesso aos registros fiscais de Trump aos contadores e aos bancos Capital One e Deutsche Bank.

Paralelamente, há uma investigação no Ministério Público de Manhattan. O promotor Cyrus Vance, do Partido Democrata, também pediu acesso aos contadores para que os dados sejam entregues à Justiça.

Trump e sua empresa, a Organização Trump, começaram a ser investigados em 2018. O que justificou o inquérito foi a revelação de que duas mulheres que afirmaram que tiveram relações sexuais com Trump e receberam dinheiro para não se pronunciar: a ex-atriz pornográfica Stormy Daniels e a ex-modelo da Playboy Karen McDougal. Trump nega as relações.

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