O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (17), que a tradicional festa de réveillon da Avenida Paulista, região central da cidade, não será realizada na virada deste ano devido ao novo coronavírus e ao risco de transmissão da doença que a aglomeração pode provocar.
Covas ressaltou que, apesar das perdas econômicas para a cidade, o importante é a manutenção da saúde da população.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já tinha se pronunciado sobre o assunto quando disse na tarde de quarta-feira (15) que “megaeventos como Réveillon e carnaval não deverão ser celebrados diante da pandemia do coronavírus.” Segundo Doria, tais eventos só poderão ser comemorados em São Paulo com a criação da vacina contra a Covid-19.
“A área da saúde foi preponderante para que a gente tomasse essa decisão. Não há nenhuma possibilidade de se pensar nesse momento numa festa que reúne 1 milhão de pessoas. Claro que o réveillon na Paulista ajuda o setor de turismo, mas é um evento muito mais para os paulistanos do que para os turistas“, afirmou Bruno.
O coordenador do Centro de Contingência do estado de São Paulo contra o coronavírus, Paulo Menezes, afirmou que a decisão vai ajudar a salvar vidas. “Não é momento para pensar nisso. O Centro de Contingência fica mais tranquilo. Vamos evitar muitas mortes dessa forma, salvando vidas.”
Nova data para carnaval 2021
O prefeito Bruno Covas também disse nesta sexta-feira, que a Prefeitura de SP está dialogando com as escolas de samba para definir uma nova data para a realização do carnaval 2021.
Em relação ao carnaval de rua, Covas disse que os blocos precisam de um período menor para se organizarem do que as escolas de samba que desfilam no sambódromo do Anhembi.
“Algo em torno de 2 ou 3 meses a gente consegue organizar o carnaval de rua. Mas, para a realização do carnaval no sambódromo, pelo menos, 6 meses entre a preparação dos carros alegóricos e os ensaios que as escolas fazem.“